Depois de Trump a Casa Branca volta a receber animais de estimação
Tem sido praticamente uma tradição na Casa Branca que cada presidente leve consigo o seu ou seus animais de estimação, que passam a fazer parte do staff da residência oficial e principal local de trabalho do Presidente dos Estados Unidos.
Apenas James K. Polk (11.º presidente) e Donald Trump não tiveram qualquer animal, alegando o 45.º presidente que ‘não tinha tempo para andar a passear um cão no jardim’.
Mas a tradição será agora retomada com Joe Biden, que consigo vai levar Champ, que viveu na residência oficial do vice-presidente dos EUA), e Major, um cão de resgate que será o primeiro cão recolhido de um abrigo a entrar na Casa Branca.
O costume de animais na residência oficial começou com o primeiro presidente americano, mas não foram apenas cães e gatos que co-habitaram a casa da Democracia americana, e por lá passaram alguns animais um tanto estranhos para o local.
Os cães dos presidentes são informalmente conhecidos como First Dog (primeiro cão).
George Washigton, o primeiro presidente dos EUA, deu o mote, com cãos, preferindo a raça Greyhound e Foxhounds, um burro andaluz, cavalos e um papagaio.
John Adams também teve um casal de cavalos e três cães, seguindo-se Thomas Jefferson, com quatro pássaros tropicais (mockingbird), cães, cavalos e duas crias de urso.
James Madison, o quarto presidente dos EUA, detinha apenas um papagaio (Polly) e James Monroe teve dois cães, um spaniel que pertencera à sua irmã mais nova, e um husky siberiano.
John Quincy Adams foi talvez o menos convencional no que respeita aos seus gostos por companhias não humanas, escolhendo os ‘bichos-da-seda’, e um jacaré, embora não existam registos oficiais deste ter passado pela Casa Branca.
Andrew Jackson também teve um papagaio cinzento, conhecido pelo seu palavreado menos próprio, que o levou a ter de ser retirado durante o funeral do tutor, galos de combate, e ainda cavalos.
Martin Van Buren deteve duas crias de tigres, oferta de um sultão, mas o Congresso obrigou-o a entregar os animais ao zoo.
William Henry Harrison teve uma vaca (Sukey) e um bode; John Tyler teve um canário, um cavalo e um cão; Zachary Taylor teve um cavalo e um pónei, um presente para a filha deste, residindo ambos nos estábulos da Casa Branca. Póneis foram também a escola de Millard Filmore.
Franklin Pierce detinha dois pássaros oriundos do Japão, que na altura tinha iniciado o comércio com os EUA, e pelo menos dois cães miniatura chineses, e James Buchanan teve uma águia e dois cães.
Chegados a Abraham Lincoln, talvez o mais conhecido presidente da história dos EUA e um dos que deteve mais animais consigo, desde bodes, um peru que estivera destinado ao jantar de Natal mas foi ‘salvo’ pelo filho do presidente, o cão Fido, assassinado por um bêbado poucos meses depois do assassinato do próprio Lincoln, cavalos, um coelho, e um casal de gatos, cuja esperteza Lincoln elogiava sempre.
Andrew Johnson tinha um ratinho branco e Ulysses S. Grant teve cavalos, póneis e cães; Rutherford B. Hayes teve oito cães e três gatos, dois deles siameses, os primeiros de que há registo nos EUA.
James A. Garfield possuía um cavalo e um cão; Chester A. Arthur um coelho e três cavalos, e Grover Cleveland teve também alguns pássaros tropicais, e quatro cães.
Benjamim Harrison levou consigo bodes, vários cães e um gambá-da-virgínia e dois jacarés e William McKinley detinha um papagaio mexicano, dois gatos angorá e galos.
Já no século XX, Theodore Rosevelt teve porquinhos-da-Índia, póneis, uma galinha, um lagarto de cornos, um papagaio azul, cães, uma cobra, um pequeno urso negro, um guaxinim, um porco, um coelho que mereceu mesmo um funeral de Estado, uma hiena, uma coruja dos estábulos, um galo e um gato, Slippers, que foi imortalizado até em quadros da época.
Woodrow Wilson ficou conhecido por ter levado consigo um rebanho de ovelhas, usadas para aparar a relva de forma económica, e cuja lã era vendida em benefício da Cruz Vermelha. Teve também dois cães e um gato; e Warren G. Harding foi detentor de dois cães, um canário e um esquilo.
Calvin Coolidge teve consigo na Casa Branca onze cães, dois guaxinins, um burro, quatro canários e dois outros pássaros canoros, um ganso, um lince, dois gatos, e duas crias de leão, um canguru, um urso negro, treze patos, muitos destes animais terminando a sua vida no zoo.
Herbert Hoover teve um gambá-da-virgínia, um canário, e nove cães.
Franklin D. Roosevelt teve sete cães de várias raças, um deles um pastor-alemão antigo elemento da polícia de Nova Iorque.
Harry S. Truman teve dois cães, e Dwight D. Eisenhower levou um periquito e um cão.
Durante o mandato de John F. Kennedy a Casa Branca foi ‘invadida’ por póneis, um gato, um casal de periquitos, patos, póneis, hamsters, cavalos, um coelho e onze cães, o mais conhecido deles Charlie, um Welsh Terrier. A maior parte destes foi entregue a novas famílias, depois do seu assassinato, mantendo a viúva Jacqueline Kennedy apenas um consigo.
Lyndon B. Johnson teve consigo pássaros, hamsters, seis cães, a maioria Beagles e Richard Nixon foi mais tradicional, mantendo apenas quatro cães consigo.
Gerald Ford teve três cães e um gato siamês, e Jimmy Carter optou por um cão e um gato siamês, embora tenha tido um border collie que foi oferecido à filha, mas teve de ser devolvido por ter o hábito de morder os visitantes da Casa Branca.
Ronald Reagan, que antes de ser presidente andou pelo ‘grande ecrã’, optou por seis cães, vários cavalos e duas gatas ‘tartaruga’.
George H. W. Bush teve apenas dois cães, e Bill Clinton levou consigo para a residência oficial o ‘Socks’ que viria a ser um dos personagens mais fotografados durante o Governo Clinton, dando origem ao ‘Dia Internacional dos Gatos’, a 8 de Agosto. Socks morreu em 20 de fevereiro de 2009, com 20 anos de idade. Bill Clinton teve depois um labrador retriever.
Outros gatos que também pisaram a Casa Branca, foram levados por George W. Bush, a gata Spot ‘Spotty Fetcher’ que teve de ser eutanasiada depois de sofrer várias paragens cardiorrespiratórias, e Índia, uma gata negra, além de dois cães Scottish Terrier, e Ofélia, uma vaca ‘longhorn’.
Barack Obama fez alguma história quando, já na Casa Branca, recebeu o Bo, um cão de água português.
Agora, depois do interregno de Donald Trump, os companheiros de quatro patas voltam a fazer parte das fotos oficiais da Casa Branca, com Major e Champ.
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