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Utentes concentraram-se em frente do Centro de Saúde em defesa de um melhor serviço

Em frente da USF de Sesimbra, que proximamente passará para novas instalações, uma concentração de utentes. Estes demonstraram o seu desagrado com o fim das urgências neste centro de saúde que não recebe apenas os habitantes da vila, mas também muitas pessoas da Quinta do Conde que não tem médico de família. Esta é uma realidade que ainda afeta muitos cidadãos, que não tem um médico responsável pelos seus casos e sempre que precisam tem de recorrer a uma urgência.

Atualmente não existe uma resposta no concelho para os utentes sem médico de família ou que precisam de uma consulta no próprio dia. O concelho de Sesimbra tem um total de 52 mil utentes. Por ser a freguesia mais envelhecida do concelho (sem meios para se deslocarem), Sesimbra precisa urgentemente de cuidados de saúde 24 horas por dia e os sete dias da semana. Muitos sesimbrenses, devido às dificuldades com o atendimento neste centro de saúde, tem optado por assinar seguros de saúde, algo que ainda não é possível para todos os bolsos.

No início da manhã, os utentes deste centro formaram um pequeno cordão humano e pediram que as suas vozes fossem ouvidas. Emília Leite, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Sesimbra, lembrou que, em reunião com a autarquia, os responsáveis por esta USF tinham dito que o «encerramento dos serviços complementares em Sesimbra ia levar a abertura desta valia na Quinta do Conde, não foi isso que se verificou».

Autarcas juntaram-se a concentração dos utentes

Junto a eles também estiveram o presidente da autarquia, da assembleia municipal, da freguesia de Santiago, Castelo e da União de Sindicatos de Setúbal. A presidente da Junta de Santiago, Laura Correia, demonstrou estar bastante preocupada com este fecho. O presidente da autarquia, Francisco Jesus, reforçou que não se deve baixar os braços na exigência a administração central de mais e melhores cuidados de saúde.

Os representantes políticos e da saúde concordaram que a atual situação não pode continuar e que o SNS deve ser de qualidade e para todos. Algo que atualmente não acontece. Um dos direitos que a Constituição da República oferece e o que todos devem ter acesso a cuidados de saúde de qualidade. Esta concentração, que foi marcada pela comissão de utentes, pediu a reabertura do atendimento complementar nos dias úteis e apelou a contratação de mais médicos de família e enfermeiros para assegurarem um conjunto de serviços de saúde que atualmente estão colocados em causa. As várias unidades de saúde existentes no concelho (a autarquia pretende fazer um novo espaço na Quinta do Conde) estão a sofrer de carência de pessoal.

Para além destes pedidos, também pediram a construção definitiva de um Hospital no Seixal que serviria, desta forma, também o concelho de Sesimbra. Este é um pedido já antigo dos habitantes da Margem Sul, mas que agora ganha um novo fôlego com o caos em que o Hospital de Setúbal se encontra. O Centro Hospitalar de Setúbal serve cerca de 300 mil pessoas dos três concelhos da Arrábida.


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