Opinião

Dinheiro Público

As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor.

A recente polémica na Costa da Caparica veio mostrar que na Junta de Freguesia há pessoas que lidam com o dinheiro público como se fosse “o dinheiro lá de casa”. Não conseguem distinguir os bolsos. É por isso que Almada continua a não evoluir.

O PSD fez uma queixa-crime ao Ministério Público, Finanças e à Direção-Geral das Autarquias Locais. Mesmo que estes órgãos de investigação venham a concluir que foi tudo legal, é importante não esquecermos que foi tudo – no mínimo – imoral!

O dinheiro de uma Junta de Freguesia e de uma Câmara Municipal é dos seus munícipes; neste caso, os almadenses e caparicanos. Não lhes foi perguntado se o queriam emprestar ou “adiantar” ao Presidente da Junta. Não é isto que lhes vem à cabeça quando olham para os recibos de IMI e das outras taxas e taxinhas que têm de pagar.

Como dizia Margareth Tatcher “dinheiro público é coisa que não existe: o que existe é dinheiro dos contribuintes!”. Aquilo a que chamamos dinheiro público é na verdade dinheiro dos impostos pagos pelas pessoas, pelas famílias, por quem trabalha e por quem produz.

Perante isto, a minha pergunta é simples: o que deve fazer com esse dinheiro a nossa Junta ou Câmara?

Regular o mercado e o seu funcionamento? Reduzir as injustiças sociais? Dinamizar a região dando mais e melhores condições de vida? Apoiar quem dá emprego?

Não é isso que vejo quando comparo a Costa da Caparica a outras zonas idênticas a norte do país (e com menos potencial natural). A diferença é enorme. Olho para a Trafaria, Charneca de Caparica, Cais do Ginjal, por exemplo, e vejo onde podia ser investido o dinheiro público. Vejo eu e vemos todos. Cada um tem a sua visão, mas é preciso passar da visão à concretização! E não é o que acontece.

Se não é para investir nos almadenses, não faz sentido “pedir-lhes” tanto do dinheiro que ganharam com o seu trabalho. Deixem, então, que sejam os próprios a dinamizar e a melhorar Almada, como o fizeram os comerciantes de Cacilhas transformando a zona numa das mais frequentadas do concelho a nível turístico. Não foi preciso pedir o “seu dinheiro”, apenas tornar uma rua pedonal e simplificar processos. Se as pessoas não precisassem de “resmas” de formulários e mais outros tantos papéis, mais um tempo desproporcional de resposta para o projeto mais simples, talvez tivéssemos mais e melhores “Cacilhas” no concelho.

Baixar os impostos municipais (o IMI já baixou este ano, por pressão do PSD, mas é ainda muito insuficiente), desburocratizar e acelerar os tempos de resposta.

Não era difícil. O difícil fariam os almadenses, como já demonstraram o que conseguem fazer – com o seu trabalho, esforço e inovação. Só precisam de um Poder que não atrapalhe e com visão de futuro para o concelho. Futuro esse que já percebemos não passa por este Partido Socialista nem por esta presidente de Câmara.


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