Cultura

Conto «Os Amigos da Menina do Mar» vai ser apresentado em Sesimbra

O próximo sábado será dedicada ao conto, na Biblioteca Municipal de Sesimbra. 

A obra, denominada «Os Amigos da Menina do Mar», escrita por Raquel Gaspar e Ângelo Encarnação, vai trazer, pelas 11h00, vários dilemas que serão respondidos durante o desenrolar da história. Questões como, por que é que a carapaça do caranguejo é dura? Para que serve a tinta do polvo? Como se protegem os peixes sem escamas?

Raquel é bióloga marinha, já Ângelo, artista plástico, é elementar nas ilustrações do conto da bióloga marinha Raquel Gaspar, com ilustrações do artista plástico Ângelo Encarnação.

O evento é destinado a crianças acompanhadas de pelo menos um adulto.

O conto é baseado em «Menina do Mar» é o primeiro conto de Sophia de Melllo Breyner Andresen para a infância, sendo editado, pela primeira vez, em 1958. Tendo a praia como cenário, este conto revela-nos uma história de amizade entre um rapaz e a Menina do Mar. Cada um vive no seu mundo, o rapaz na terra e a menina no mar, mas a curiosidade de ambos leva-os a querer partilhar essas diferenças: a menina fica a saber o que é o amor, a saudade e a alegria; o rapaz aceita viver com ela no fundo do mar.

A «Menina do Mar» é um dos livros para crianças mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner e foi a primeira obra que a celebrizou. Fernando Lopes-Graça compôs uma obra musical a partir deste conto.

Faz parte do Plano Nacional de Leitura português, recomendado para o estudo no 4.º ano de escolaridade. Filipe La Féria dirigiu um espetáculo baseado nesta obra. É a história de amizade entre um rapaz e uma menina. Ela vive no mar, e é bailarina da “Grande Raia”, uma rainha dos mares, que sobre ela mantém vigilância, não a deixando realizar o seu sonho de conhecer a terra firme, onde mora com o rapaz. Além disso, a menina não consegue sobreviver longe da água ao ficar desidratada, ainda que consiga respirar dentro e fora de água. O rapaz, com que estabelece amizade, tem o desejo de conhecer o fundo do mar. A história desenrola-se com a tentativa dos dois em realizar os seus sonhos intercruzados.

Sophia de Mello Breyner foi uma das mais importantes poetisas do século XX, em Portugal. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o galardão mais importante da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999. O corpo da escritora está no Panteão nacional, desde 2014 e existe uma biblioteca em Loulé com o nome da poetisa.

O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária de Sophia de Mello Breyner Andresen: “Desde a orla do mar/ Onde tudo começou intacto no primeiro dia de mim”.

O efeito literário da inspiração no Mar observasse em vários poemas, como, por exemplo, “Homens à beira-mar” ou “Mulheres à beira-mar”.

A opinião sobre ela de alguns dos mais importantes críticos literários portugueses é a mesma: o talento da autora é unanimemente apreciado. Eduardo Lourenço afirma que “a Sophia de Mello Breyner tem uma sabedoria mais funda do que o simples saber, que o seu conhecimento íntimo é imenso e a sua reflexão, por mais profunda que seja, está exposta numa simplicidade original”.


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