Chega quer auditoria à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional
O partido de André Ventura já fez saber que pediu ao Parlamento uma auditoria à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional e à empresa pública idD Portugal Defence.
Em causa está a demissão do secretário de Estado da Defesa Nacional e a contratação do “assessor fantasma” que não escreveu uma única linha num estudo encomendado pelo Ministério da Defesa, o que levou ao pedido de demissão de Marco Ferreira.
André Ventura falou aos jornalistas em Torres Vedras e anunciou: “Nós estivemos a analisar bem os contratos trazidos pela imprensa e também vários relatórios do Tribunal de Contas, que já davam conta de situações suspeitas na defesa, e demos hoje entrada no Parlamento de um pedido para que quer a Direção-Geral de Recursos da Defesa, quer a idD Portugal Defence sejam sujeitos a uma rigorosa auditoria externa com a supervisão do Tribunal de Contas.”
O presidente do Chega avançou ainda que pediu também uma audição, antes da entrada das férias parlamentares, a João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, que deteve a pasta da Defesa entre 2018 e 2021, anos a que se reportam os factos agora denunciados.
“É preciso perceber se a atual ministra da Defesa [Helena Carreiras] tinha ou não conhecimento de muitos destes factos e, porque é que decidiu manter a confiança cega no secretário de Estado, Marco Ferreira, quando já vários factos apontavam para uma zona de suspeição”, avança o Chega.
André Ventura ainda criticou a postura e a forma de ação do primeiro-ministro por alegadamente conhecer as suspeitas que envolvem o caso e de nada ter feito, justificando que “quem retirou o secretário de Estado de funções foi o Ministério Público e a Polícia Judiciária”, quando iniciaram a operação de buscas em casa de Marco Ferreira.O líder do Chega também referiu que este é mais um dos casos que não prestigia o Governo nem as instituições.
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