Calendário faz sucesso no Vaticano (e é um convite ao pecado)
Calendários com gatinhos e cãezinhos já são coisa do passado, tal como os de mulheres em poses de pin-ups, agora consideradas sexistas.
A ‘moda’ são os calendários com imagens de homens sexy, nas suas diferentes profissões, e muitos com cariz solidário, como os já famosos bombeiros australianos posando com animais abandonados.
E Roma pode mesmo ter lançado essa ‘moda’ com um calendário produzido há quase duas décadas pelo fotógrafo Piero Pazzi, que faz sucesso e furor nas bancas, com os padres mais sexy do Vaticano.
O nome ‘Calendário de Padres Sexy’ não é oficial mas nas últimas duas décadas, assim tem sido denominado, e por razões óbvias para quem o viu.
Em 2023 aquele que começou por ser um trabalho de amor de Piero Pazzi, e é já uma lembrança de culto do Vaticano, completa vinte anos de edição.
Cada mês do calendário em A4 tem a foto a preto e branco de um padre, sem nome, e normalmente com um fundo de temática litúrgica. E o mês de Dezembro, normalmente o favorito dos fãs de calendários, nunca munda: o padre é fotografado segurando uma cópia do ‘La vie di Rome’ junto ao peito.
O fotógrafo de sessenta anos, que usa uma camara Fuji para estes trabalhos, explica à imprensa que «este calendário é um produto honesto, que simplesmente publicita Roma e os seus símbolos mais eloquentes: os padres católicos».
Mas nem todos os ‘modelos’ são italianos e nem todos são padres, confessa Piero Pazzi, que passou as últimas duas décadas entre Roma e Sevilha para conseguir as imagens, sobretudo durante a Páscoa.
Todos os anos este calendário vende cerca de 75,000 copias, e apesar de uma quebra durante a pandemia de covid19, a procura voltou a ser grande para a edição de 2023, com um custo que varia entre os 8 e os 10 euros, consoante a loja ou quiosque onde é vendido, mas chega a custar o triplo se for adquirido através do eBay.
Os lucros da venda são entregues ao SNAP, um grupo de apoio a homens e mulheres vítimas de abusos sexuais por religiosos.
Piero Pazzi explica também porque optou por não colocar os nomes dos ‘modelos’. «O calendário não é um produto de vaidade, são simplesmente fotos de padres, não de estrelas de cinema.»
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