CuriosidadeEconomiaEmpresasHistoriaMundoPaísPolíticaSesimbra

Cabos submarinos em Sesimbra, uma história com cinco décadas

A localização geográfica única de Portugal, em especial da margem sul, faz com que este seja o lugar ideal para receber os cabos submarinos (desde os anos 90 estes são de fibra ótica). Dos 450 cabos submarinos que existem no mundo, 11 estão amarrados em Portugal. Estes cabos permitem uma comunicação mais rápida e eficiente entre os diversos continentes e fazem com que a península ibérica seja o local onde se mais consome dados.

Os cabos submarinos habitualmente são colocados no fundo do mar, a 9 mil metros de profundidade. Os cabos submarinos em Sesimbra têm uma história de mais de 50 anos. Sesimbra é muito escolhida para a colocação destes cabos pois a baía da vila tem águas calmas em todos os momentos do ano. Os cabos submarinos entram em Sesimbra através da praia da Califórnia.

Depois entram para a terra até chegarem a estação da Marconi. São cabos internacionais, mas também nacionais que aqui estão. O mais recente cabo a chegar a Sesimbra foi o da Google, o que trouxe o primeiro-ministro a Fortaleza de Santiago. O maior cabo submarino do mundo, o WDM, está fundeado em Sesimbra e liga 44 países. Esta história começou com a inauguração da Estação de Cabos Submarinos, nos arredores da vila, em 1969.

Estação da Marconi, um bunker primordial para as comunicações mundiais

Os sesimbrenses conhecem esta central, que fica no morro (existe um sambinha sobre o mesmo), como “Marconi”. Esta estação, que fica na zona de Argéis, é um autêntico bunker que passa despercebido ao olho daqueles que passem na rua. É um edifício visto como primordial para as comunicações portuguesas e aqueles que o conseguem visitar e chegar ao seu núcleo central (no piso superior) acabam por ficar isolados.

Neste local há cabos e fios por todo o lado. Esta estação funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Isto graças ao trabalho incansável de vários técnicos e engenheiros especialistas em comunicações. Sempre que algum destes cabos se avaria, um barco sai do porto para o reparar. Esta reparação pode demorar 6 dias. Um dos maiores problemas que existiram nestes cabos aconteceu devido a um atentado feito nos anos 70 pela LUAR e que fez com que o moinho do Facho, em Santana, e um em Palmela explodissem. Era por estes moinhos que passavam alguns dos cabos submarinos presentes na região.

Presente nesta inauguração esteve o presidente da República de então, o Almirante Américo Tomás. Atualmente este edifício, que continua a fazer o trabalho para o qual foi fundado, é gerido pela Altice.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *