Opinião

BORDALO II, O LABREGO

Artigo de Opinião da inteira responsabilidade do seu interveniente.

Não vou entrar na discussão se as touradas devem ser proibidas ou não, porque o assunto deste artigo é outro e não quero desviar atenções.

Depois de o artista “Bordalo II” ter feito uma acção em que criticou os milhões de euros gastos na organização da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, mas não os milhões que lhe foram atribuídos por entidades públicas, por ajuste directo, ao longo dos anos, a capital voltou a ser palco para mais uma manifestação política deste artista, tendo, desta vez, pintado de vermelho alguns sinais de transito do Campo Pequeno, que têm os símbolos das touradas, num ataque directo à tauromaquia.

O facto de “Bordalo II” ter chamado de labregos a todos os portugueses adeptos de um espetáculo que ainda é legal no nosso país e de ter vandalizado sinais de trânsito, é algo que não se pode tolerar e deve ser punido criminalmente, pois corremos o risco de, na próxima vez, termos algum artista nazi a pintar a suástica em sinais de trânsito e sermos obrigados a tolerar isso, porque a “liberdade de expressão” dos artistas, pelos vistos, é diferente daquela que têm os restantes cidadãos.

Ou seja, se nas Jornadas Mundiais da Juventude o artista não vandalizou o espaço e “só” ofendeu a maioria dos católicos portugueses com a sua acção, desta vez, decidiu estragar propriedade pública, que é paga por todos nós, para fazer passar uma mensagem contra a tauromaquia.

Ora bem, ou comem todos ou há moralidade! Se um artista pode vandalizar propriedade pública, da próxima vez que o Governo tentar aumentar os impostos ou abrir ainda mais as portas do país à entrada indiscriminada de cidadãos estrangeiros, então qualquer pessoa irá poder pintar a Assembleia da República de preto ou o palácio de Belém de azul-turquesa.

Independentemente da opinião que cada um tem sobre as touradas, se o Ministério Público não actuar contra o artista e o Governo ou Câmaras Municipais continuarem a dar milhões de euros a esta personagem, fica provado que voltámos ao tempo do PREC, onde tudo era permitido àqueles que vestiam uma determinada cor, nomeadamente realizar atentados à bomba, assassinatos, roubos a  bancos, etc, e aos restantes era aplicada a lei.

Portanto, se há aqui algum labrego, com certeza que não são os portugueses adeptos das touradas, mas sim todos aqueles que apoiam o regresso a um novo PREC, nomeadamente o artista que quer agradar aos seus donos com acções políticas para que não lhe faltem os milhões vindos dos ajustes directos.


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