A concelhia de Sesimbra do Bloco de Esquerda apresentou uma declaração política onde fez o balanço do último ano. Após o último ato eleitoral autárquico, que deu a vitória a CDU, o Bloco acredita que o partido está a perder a maioria que ganhou. Acreditam que os comunistas arriscam-se mesmo a daqui a três anos a perder o próximo pleito para o PS. Segundo a concelhia existe um vazio programático e um deserto de ideias que não permitem a Sesimbra crescer. Uma rota de estagnação sem fim a vista.
«Sesimbra, para além de ser um dos concelhos menos desenvolvidos da Área Metropolitana de Lisboa, permanece adiada naquilo que é mais relevante. Refém de um modelo de dependência face aos promotores privados, baseado na negociação com estes de contrapartidas, o executivo camarário sempre sonhou com negócios para atrair investimento nas infraestruturas que a própria autarquia deveria executar», realça o Bloco de Esquerda na declaração que mandaram às redações.
O partido refere a falta de infraestruturas, o transito pesado que passa por dentro das localidades (como acontece mesmo em frente do edifício do Clube Naval) e a necessidade de ter todos os serviços e o atendimento aos munícipes dentro do edifício da Câmara como algumas das questões prioritárias a resolver. Também pedem um maior envolvimento da população concelhia em temas centrais (como é o caso da revisão do PDM) e uma maior rapidez na tomada de decisões. «os prazos e a forma como a população e os seus representantes é envolvida naquele debate depende da vontade política de quem o comanda. E aquilo que sabemos é que, por vários motivos, essa vontade não existe ou é muito reduzida», como se pode ler.
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