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Bloco de Esquerda acredita que Sesimbra está a entrar num marasmo

O Diário do Distrito entrevistou a voz do Bloco de Esquerda em Sesimbra, Adelino Fortunato. A nível nacional, o grande desafio do partido é recuperar influência e credibilidade para combater a política do governo e a atual crise. No município foram aprovadas algumas medidas de apoio, como é o caso da descida do IMI. O Bloco considera que Sesimbra está num marasmo e estagnação muito preocupantes.

Neste contexto, a CDU e o PS (que tem o mesmo número de vereadores), aproveitam o poder que tem para gerir as expetativas. Em Sesimbra vivem cinquenta mil pessoas e mil trabalham para a Câmara Municipal. «Isto é um grande entrave à criação de alternativas políticas e à mobilização dos munícipes», falou o dirigente do Bloco de Esquerda. «É um dos concelhos menos desenvolvidos da Área Metropolitana de Lisboa e não se vê perspetiva de alteração deste panorama. Está quase tudo por fazer. Não se condiciona o transporte individual na vila de Sesimbra como seria desejável, não se constroem vias previstas no PDM para retirar trânsito das localidades e das rotundas sobrecarregadas, não há atividade cultural significativa nem projeto para a fomentar, faltam equipamentos básicos como escolas e centros de saúde na Quinta do Conde, não existe intenção de reequilibrar administrativamente o concelho dando relevância à freguesia do Castelo, não há um plano de combate à falta de habitação digno desse nome», considera Fortunato.

Para o político são preocupantes a especulação imobiliária e a pressão turística. «Em Sesimbra, o Bloco vai propor, sempre que possível, as medidas contidas no seu programa eleitoral, com vista ao desenvolvimento do concelho e das freguesias. Apresentámos, nas últimas eleições, programas específicos e detalhados para as freguesias da Quinta do Conde, Castelo e Santiago que formam um projeto global com vista à superação dos grandes estrangulamentos do concelho de Sesimbra», contou Adelino Fortunato.

Sobre o mais recente investimento na Mata de Sesimbra, lembra que este só serve «para valorizar direitos adquiridos dos seus promotores, sem nenhuma articulação com as necessidades da população sesimbrense». O Bloco até às eleições pretende «prosseguir a intervenção regular na Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia da Quinta do Conde com propostas do seu programa que melhorem a vida dos munícipes ou moralizem a vida política. Exemplo disso é a recomendação que apresentámos na Assembleia Municipal em relação à política de contratação de assessores ou a alteração dos limites da freguesia da Quinta do Conde».

Para o dirigente, a grande força do Bloco de Esquerda é o seu programa político de transformação da sociedade. «O Bloco é um partido com quadros, massa crítica e propostas consistentes, como ficou provado no passado quando negociou acordos com outras forças políticas com reflexos na governação», disse o dirigente. Para ele, o Bloco não é um simples partido de protesto.

Atualmente alguns dos desafios que enfrentamos como sociedade são: o combate às alterações climáticas, a inversão da tendência de aumento da pobreza e das desigualdades sociais ou a revalorização dos serviços públicos essenciais degradados pelo desinvestimento em áreas essenciais.


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