Barreiro

Barreiro | Assembleia Municipal aprova desvinculação da AMRS ‘uma organização obsoleta’

A Assembleia Municipal do Barreiro aprovou a desvinculação da autarquia da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), depois desta proposta já ter sido aprovada em reunião do executivo da Câmara Municipal a 2 de Novembro.

A proposta foi apresentada na reunião desta quarta-feira, e foi aprovada com os votos a favor dos deputados do Partido Socialista, do Partido Social Democrata e do Chega e os votos contra dos deputados da CDU e do Bloco de Esquerda.

A AMRS é presidida por André Martins, actual presidente da Câmara Municipal de Setúbal (CDU), e integra onze concelhos do distrito de Setúbal, cinco dos quais liderados pelo PS e os restantes pela CDU.

Entre o final de Outubro e o início de Novembro, as autarquias lideradas pelo PS, nomeadamente Barreiro, Almada e Moita, aprovaram a desvinculação da AMRS.

Em causa, segundo o presidente do município do Barreiro, Frederico Rosa, o valor que o município pagava para a AMRS era demasiado elevado face ao retorno, mais de 150 mil euros por ano em contraposição com os 20 mil que despende para a Área Metropolitana de Lisboa.

Por essa razão, foi criado um acordo que permitia, já este ano, uma redução em 25% do valor anual pago por cada município, mas os municípios foram surpreendidos com o facto de os documentos para o orçamento da AMRS não incluírem esta proposta, mas sim um pedido de nova reflexão.

Frederico Rosa lamentou ter de apresentar a proposta de desvinculação, e garantiu que «tudo fiz para que isso não acontecesse, mas face à não redução da quotização anual não será possível ao município continuar», referiu durante a Assembleia Municipal, na qual os eleitos da CDU propuseram que a votação desta proposta fosse adiada para permitir maior debate.

Para o deputado da CDU, André Carmo, «a proposta de desvinculação tem um argumento estritamente economicista», e também o o deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Alves, considerou que a decisão do executivo camarário do Barreiro «é política pura e dura de território, e de uma irresponsabilidade que vai prejudicar o distrito».

Para os partidos que votaram pela saída, Nuno Chambel, do Chega, considerou que «a AMRS é um sorvedouro de impostos dos munícipes, e apenas ajuda a aumentar a despesa das autarquias» e o PSD classificou a AMRS como «uma organização obsoleta».


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