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Austrália pede mudanças ao Catar

O Mundial de 2022 começa já em novembro e pela primeira vez terá lugar no golfo árabe.

Será igualmente a primeira edição do Campeonato do Mundo a ser disputado no outono, quebrando assim a tradição de ser realizado em tempo veraneio.

Desta forma as seleções preparam-se para competir no maior evento desportivo de futebol, e igualmente num dos maiores investimentos efetuados para a construção de estádios e organização de um Mundial, por parte de um país anfitrião.

No entanto, desde que o Catar foi escolhido para ser o local deste campeonato organizado pela FIFA, órgão que tutela o mundo futebolístico, tem chamado bastante controvérsia para os organizadores e para o país arábico.

Em causa, estão as condições precárias dos trabalhadores, a maioria deles migrantes, provenientes de países em desenvolvimento asiáticos, tais como Índia, Paquistão, Sri Lanka, Nepal e Bangladesh. Que desde o início da construção dos estádios já faleceram cerca de 6500 migrantes, tal como indica o website Mais Futebol.

Devido a esta situação, a seleção australiana de futebol, tem sido uma das mais vocais em torno das políticas austeras face aos direitos LGBTQ+ e à condição dos migrantes.

Num vídeo lançado pelos Socceroos no Twitter, vários jogadores falaram sobre o tema. Um deles foi Matthew Ryan que afirmou que “há valores universais que devem definir o futebol, valores como respeito, dignidade, confiança e coragem”. 

A outra voz ativa desta campanha foi Jackson Irvine, defesa-central do St. Pauli, que proclamou que o Catar deveria proceder à “criação de um centro de recursos para migrantes, soluções eficazes para aqueles a quem são negados os seus direitos e a descriminalização de todas as relações entre pessoas do mesmo sexo”.

Simultaneamente, o Mundial vai ter presente uma iniciativa holandesa chamada “One Love” nas braçadeiras dos capitães de 11 seleções. 

Este projeto promove na sua génese os direitos da comunidade LGBTQ+ e a inclusividade social.

Tal como o website Mais Futebol menciona “os capitães de Alemanha, Inglaterra, Países Baixos, Bélgica, Dinamarca, França, Noruega, Suécia, Suíça e País de Gales vão utilizar uma braçadeira simbólica”. 

Esta campanha já começou em setembro ao ser utilizada na Liga das Nações, uma competição promovida pela UEFA, órgão que tutela o futebol europeu.

Os Socceroos reconhecem que o país já progrediu bastante, no entanto, ainda é necessário fazer mais, tendo em conta que o Mundial é um evento que alberga um aglomerado de adeptos enorme provenientes de vários países e diferentes culturas. 

Contudo, o plano do Catar é focalizar os visitantes num local específico para os mesmos. De forma que os valores culturais não choquem com o do país do golfo pérsico.

Gianni Infantino, presidente da FIFA, já deu o seu parecer positivo sobre a organização do Mundial e afirmou que esta é “uma oportunidade para o Qatar e o Golfo Pérsico se apresentarem ao mundo de uma forma diferente e se livrarem dos preconceitos que infelizmente ainda hoje existem”, disse numa conferência, tal como é mencionado no Record.


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