Santiago do Cacém

APA atenta à Lagoa de Santo André em Santiago do Cacém

Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afasta risco de degradação da água na Lagoa de Santo André.

Foi num comunicado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) avançou que está a acompanhar a evolução das condições ambientais na Lagoa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém. Afastou ainda a hipótese de risco de degradação da água.

A APA indica que está em constante conversação com a Câmara de Santiago do Cacém, que também está a acompanhar as condições ambientais do local. Este comunicado foi realizado ao final desta terça-feira, após ter decorrido um protesto público promovido pelo município e pela Junta de Freguesia de Santo André. Um protesto que juntou cerca de 100 participantes, entre autarcas e população, incluindo ainda Inês Sousa Real do PAN que marcou presença neste ato que visou protestar contra o facto de a lago ainda não ter sido aberta este ano ao mar.

No entanto, a APA refere que “contrariamente a anos anteriores, o volume de água na Lagoa de Santo André é considerável”, acrescentando que “a respetiva qualidade, nomeadamente ao nível do parâmetro oxigénio dissolvido, não evidência a existência de risco que potencie a ocorrência de episódios de eutrofização”.

Segundo a APA, este ano a lagoa tem mais capacidade de água do que em 2023, e que a lagoa “não foi aberta ao mar devido a não se ter registado problemas de degradação da qualidade da água”.

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha (CDU), acusa a APA de “irresponsabilidade total” por não abrir este ano a Lagoa de Santo André ao mar. O edil diz que a APA alegou que não tem “a competência legal para a abertura da lagoa, dando a entender que será o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas – que tem essa responsabilidade”.

Por sua vez, o ICNF já fez saber que não “terá essa responsabilidade, mas sim a APA”.

A Câmara de Santiago do Cacém diz mesmo que a não abertura da lagoa para o mar trará “constrangimentos financeiros e irá deixar o ecossistema em risco”.


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