Opinião

Alunos de saias

Uma crónica de Bruno Fialho.

Ontem, sexta-feira, foi o “Dia da Saia”, uma iniciativa organizada pela Associação de Estudantes da Escola Básica e Secundária de Carcavelos, que pretendeu chamar à atenção contra a intolerância sobre a forma como alguns alunos gostam de se vestir.

Com o lema “A roupa não tem género”, a Associação de Estudantes desafiou toda a comunidade escolar a ir de saia para a escola.

Acho muito bem que qualquer aluno queira e possa ir de saias para a escola, está no seu direito, tal como acho bem que um aluno queira ir vestido de Kilt, com uma armadura de guerreiro medieval, de ninja ou de outra coisa qualquer.

O que não acho correcto é a direcção de uma escola permitir que se façam campanhas ideológicas ou partidárias dentro do recinto escolar, que foi o que aconteceu.

Mas o que ainda acho menos correcto é não terem feito o “Dia da Cadeira de Rodas”, onde podiam pedir a toda a comunidade escolar ir de cadeira de rodas para a escola, ou o “Dia do Invisual”, onde todos iriam vendados e de bengala, para conseguirem perceber o que realmente é inclusão ou exclusão.

Isso é que era prestar um bom serviço público e ajudar quem mais precisa, em vez de andar sempre ao colo com quem se sente mal por ser gozado por ir de vestido de certa maneira para a escola.

Lembram-se do assessor que levava os livros da deputada, supostamente, gaga? Ele também ia de saias e teve coragem de o fazer, mesmo sabendo que estava a ofender uma instituição como o Parlamento e a todos os portugueses que pagam os salários da maioria dos inúteis que por lá andam a viver e a gozar às nossas custas.

Relembro que no meu tempo de escola havia, tal como penso que ainda existem, aqueles que se gostavam de vestir de “góticos” ou de “metaleiros”, que também é uma forma diferente dos jovens se vestirem e de se afirmarem.

Desconheço que tenha existido uma Associação de Estudantes no país que alguma vez tenha organizado um dia para toda a comunidade escolar ir vestida dessa forma (gótica ou metaleira).

E não houve uma única Associação de Estudantes a organizar esse dia porque quem se vestia dessa forma não precisava de apoio partidário para se sentir incluído, pois essa forma de vestir era também uma maneira de eles próprios se afirmarem perante a comunidade escolar.

Hoje em dia parece-me, pela iniciativa da Associação de Estudantes da Escola Básica e Secundária de Carcavelos, que os alunos têm problemas psicológicos por não se sentirem incluídos por usarem saias.

Imaginem o que será desses jovens quando tiverem de ir trabalhar para pagar casa e colocar comida na mesa, provavelmente irão para assessores de deputados ou mesmo para deputados.

Acredito que duas semanas nos Rangers, em Lamego, conseguiriam tirar qualquer problema psicológico aos “meninos” que se sentem pouco incluídos por usarem saia na escola.

Agora pergunto: E se existirem alunos que se sintam excluídos por quererem ir vestidos com o chapéu da Carmen Miranda ou com o fato Bikini do Borat, para quem não saiba o que é sugiro que faça uma pesquisa na internet para se rir um pouco, será que esta Associação de Estudantes também iria organizar o dia da “Carmen Miranda” ou do “Borat”?

Evidentemente que não iria organizar, porque quem se quer vestir de maneira diferente, tem de ser “homenzinho” ou “mulherzinha” e lidar de frente com as vicissitudes da vida escolar, para que consiga aprender, no futuro, a lutar pelos seus ideais.

Todavia, considero esta iniciativa um ataque político terrorista, protagonizado por quem quer “normalizar” os novos géneros neutro e não só.

Considero que este tipo de iniciativas são inaceitáveis de serem organizadas numa escola pública que é sustentada com o dinheiro dos nossos impostos.

A tentativa de nos impingirem vários géneros é uma invenção de uma extrema-esquerda populista, para ganharem adeptos juntos dos jovens eleitores que são mais suscetíveis a seguirem as ideias mais loucas ou extravagentes que possam existir.

Repito o que sempre disse, biologicamente apenas existe o homem e a mulher, sendo que qualquer pessoa tem o direito sentir-se como quiser ou até a mudar de sexo, se assim o desejar, mas sem apoios do Estado, porque eu também gostava de ser do género rico, mas o Estado teima em não me ajudar a sê-lo.

Portanto, quem se considera neutro, binário, cisgênero, transgénero, não-binário ou outra identidade qualquer que inventaram, acho muito bem que assim o sinta, mas não aceito é que tentem impor o que não é cientificamente correcto aos meus filhos, porque nem eu faço isso cá em casa, pois eles serão o que quiserem, mesmo que seja contra aquilo que eu gostava que eles fossem.

Quero deixar aqui um outro exemplo: Existem uns malucos que defendem que a terra é plana, sabem disso, certo?

Caso a extrema-esquerda algum dia passe a defender essa posição, também considera que devemos organizar dias escolares para aqueles que são terraplanistas?

Lamento que alguns possam pensar que estou a ser pouco tolerante, mas é isso mesmo o que alguns ideólogos da extrema-esquerda querem que todos pensem, para que muitas das ideologias contrárias à ciência vinguem na nossa sociedade.

Tolerância é não proibir que os alunos usem saias, não é incentivar a uma “normalização” do absurdo que é deixar de haver homens ou mulheres e passar a haver o neutro.


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