Alcochete

Alcochete | Associação Zero opõe-se à construção de pólo turístico na Praia dos Moinhos

A associação ambientalista Zero manifestou-se contra a intenção de ser construído um pólo turístico na zona da Praia dos Moinhos, em Alcochete, por considerar que afetará de forma irreversível uma zona sensível para a conservação da natureza.

O anúncio da associação ambientalista foi feito depois do encerramento da consulta pública ao Estudo de Impacte Ambiental do conjunto turístico da Praia dos Moinhos, na fase de Estudo Prévio.

A Zero alerta que «um projeto desta natureza e dimensão afetará significativamente e de forma irreversível a manutenção do estado de conservação favorável dos habitats e das populações de espécies protegidos com perturbação da zona de praia e das zonas de salinas, a leste e a sul, com grande potencial enquanto habitat para a avifauna».

No comunicado, a Zero explica que o projeto ocupa uma faixa de terreno correspondente a uma linha dunar, entre o Rio Tejo, na zona da praia dos Moinhos, e uma área de salinas (salinas da Fundação Jorge Gonçalves Júnior e salinas da Fundação das Salinas do Samouco a nascente, sul e poente).

Para a associação ambientalista, esta é uma área sensível para a conservação da natureza e com impacte na paisagem ribeirinha, que se situa dentro dos limites da ZPE – Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo e da Zona Especial de Conservação do Estuário do Tejo (ZEC) e na periferia da Reserva Natural do Estuário do Tejo, e defende que esta intenção contraria o regulamento do Plano de Gestão da Zona de Proteção Especial do estuário do Tejo quanto à instalação deste tipo de estruturas em área de Proteção de Prioridade II (onde está grande parte do projeto) e os objetivos de gestão do Plano Setorial para a Rede Natura 2000.

A associação ambientalista adianta que o projeto já tinha recebido anteriormente uma Declaração de Impacte Ambiental Desfavorável, e agora voltou a ser apresentado pela empresa Riberalves Imobiliária, Lda.

«Ao contrário do que o promotor apregoa, a substituição das estruturas de seca de bacalhau existentes por empreendimentos turísticos não irá contribuir para a valorização das margens do estuário como elemento de centralidade e de identidade sociocultural e para a ligação entre rio e salinas», e adianta que será instalado numa área de risco face a cheias e à subida gradual do nível médio da água do mar.


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