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Uma Costa da Caparica mais sustentável

A Costa da Caparica, foi promovida a cidade em 2004, tornando-se assim na 2ª cidade de Almada.

Desde então a urbanização costeira, foi alvo de várias tentativas de restruturação do seu território.

O projeto que teve mais relevo foi o Programa Polis que teve à sua disposição mais de 200 milhões de euros.

Foi iniciado em 2001 com a previsão de conclusão a 2006, contudo o projeto continuou até 2013, ano em que o governo interveio e decidiu acabar com o programa, sem este ter sido completamente concluído.

Este programa tinha como objetivo, a requalificação da Costa da Caparica, utilizando uma construção mais amiga do ambiente dos espaços urbanísticos da terra.

A grande ação desta iniciativa, foi a remodelação do pontão da Costa da Caparica, que se estende desde a Praia do Chápeu de Palha até à Praia de São João.

Este projeto viu a demolição de alguns edifícios icónicos da terra piscatória, tais como o Barbas, Carolina do Aires, entre outros, substituindo-os com espaços padronizados e iguais pelo pontão.

Em simultâneo, foram utilizadas tábuas de madeira para cobrir o espaço que separava os bares das zonas pedonais. Algo que na altura era visto como esteticamente apelativo e constituía um design moderno, devido às construções retangulares dos bares.

No entanto, passado alguns anos estas construções encontraram vários problemas de manutenção, devido ao estarem expostas à água salgada e areia. O que fez com que os passadiços de madeira começassem a ter rachas, dificultando assim o acesso aos residentes da Costa da Caparica.

Atualmente, a Costa da Caparica tem em mão perto de 3 milhões de euros provenientes do PRR (Plano de Resistência e Resiliência português) para investir no seu território.

Em entrevista ao Diário do Distrito, o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica, José Ricardo Martins, afirmou que esta quantia é uma oportunidade incrível para dinamizar e promover os produtos que provém da Costa da Caparica.

Sem dúvida, que este investimento pode representar uma grande chance para que a cidade costeira de Almada, possa crescer não só num ponto de vista urbanístico, mas também ambiental, valorizando no processo os produtos locais.

Para José Ricardo Martins “este projeto pretende rentabilizar os produtos que nós produzimos aqui, os produtos que produzimos nas Terras de Costa e o pescado que retiramos a partir da nossa frente atlântica”.

Este investimento tem em vista a requalificação das Terras da Costa e a construção do Agroparque, de forma que os agricultores e os pescadores consigam ter uma zona de comércio para venderem os seus produtos.

Uma das grandes metas é desenvolvimento no futuro de uma economia circular com os produtos oriundos da 2ª cidade de Almada, e tornando no processo os produtores mais autossustentáveis, tal como José Ricardo Martins indica.

Este projeto, representa para a Costa da Caparica uma boa oportunidade de evolução a nível urbanístico e comunitário. Visto que o Agroparque, irá juntar a comunidade agrícola, piscatória e todos os residentes da cidade costeira e arredores.


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