A Federação de Sindicatos da Hotelaria organizou um protesto à porta da FIL, no Parque nas Nações.
Tendo como referência as afirmações das empresas, que alertam para a falta de mão de obra nos setores da hotelaria e restauração, os dirigentes sindicais, vêm agora deixar acusações, que há ausência de negociação por parte dos patrões, para rever melhores salários e condições.
Em declarações à comunicação social, António Baião, presidente do Sindicato da Hotelaria do Centro, explicou que “a BTL é onde o turismo e as entidades estão, ou seja, é perfeito para protestar”.
“Viemos aqui afirmar que é preciso dar mais atenção aos trabalhadores. É fácil os patrões dizerem que falta mão de obra no setor, quando despediram logo durante a pandemia trabalhadores com contratos a prazo e imigrantes que estavam a trabalhar no setor. Na primeira oportunidade, estas pessoas foram para a indústria, com horários mais certos, porque na hotelaria trabalha-se sábados, domingos e feriados sem temos compensação e os patrões têm que ver isso “, acrescentou o sindicalista.
Segundo dados da CGTP, “não há negociação coletiva com a AHP – Associação da Hotelaria desde 2009, e com a APHORT e a AHRESP, os últimos registos de acordos foram feitos em 2018 e 2019”.
Importa sublinhar que este protesto foi estrategicamente realizado, quando chegavam à FIL jovens de escolas de hotelaria e turismo, e futuros trabalhadores do setor que vieram à Feira da Empregabilidade em busca de oportunidades.
Isto porque em paralelo com a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, decorre a Feira da Empregabilidade onde estão algumas dezenas de entidades com propostas de emprego. Contas feitas, a organização sublinha que há cerca de 10 mil ofertas de trabalho, sobretudo na vertente de hotelaria.
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