O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul contestou a proposta de ‘lay-off’ apresentada pela multinacional tailandesa Indorama Ventures, instalada em Sines, e pretende que o Governo venha a intervir no processo.
Num comunicado enviado às redações, o Sindicato adianta que a administração da empresa avançou com «uma proposta que engloba a paragem da produção durante seis meses renováveis por igual período e o pagamento de 66% do salário atual dos 134 trabalhadores da unidade fabril no próximo ano».
Em declarações à rádio M24, o sindicalista Hélder Guerreiro, considera que «a proposta é de todo inaceitável. Não lembra a ninguém uma empresa estar um ano parada em ‘lay-off’ a receber subsídios da Segurança Social.»
O SITE Sul realizou esta segunda-feira um plenário de trabalhadores, nas instalações da empresa, em Sines, onde foi aprovada a rejeição da proposta da administração da empresa, uma vez que os trabalhadores não aceitam receber 66% do salário nos próximos meses.
No comunicado, o SITE Sul lamentou que, «apesar de se tratar de uma multinacional com mais cem fábricas em todo o mundo [e] com uma valorização bolsista de 150 mil milhões de dólares [cerca de 140,5 milhões de euros], a Indorama Ventures recusa qualquer pagamento acrescido aos trabalhadores neste período por um problema para o qual os trabalhadores em nada contribuíram».
E aponta ainda a preocupação relativa à segurança das instalações «em que é pretendido reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica classificada como SEVESO com impacto direto na região».
Na quarta-feira, 20 de Setembro, está marcado um plenário frente à portaria da Indorama com possibilidade de os trabalhadores se deslocarem até Sines numa ação de protesto, para entregar a moção que for aprovada nesse plenário ao presidente da Câmara Municipal de Sines.
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