AtualidadeCovid-19

SIM acusa processo de vacinação anticovid de ‘irregularidades’ e que ‘números não batem certo’

O Sindicato Independente dos Médicos acusa que as listagens enviadas aos Centros de Saúde para a vacinação anti-covid19 de utentes, para a primeira fase do plano de vacinação, têm irregularidades e nestas «faltam milhares de pessoas entre os 50 e 79 anos com patologias de risco».

Numa nota divulgada no seu site, o SIM indica que «na semana passada foram enviadas às unidades funcionais dos Cuidados de Saúde Primários as listagens de doentes de risco a vacinar, com indicação para ‘validação’ das listagens de milhares de pessoas num prazo inferior a 24 horas.

No entanto, nessas listagens enviadas aos Médicos de Família faltam milhares de doentes de risco que cumprem os critérios para vacinação na primeira fase.»

O SIM explica que os diagnósticos «estão feitos e registados corretamente pelos Médicos de Família nos respetivos processos clínicos dos doentes», no entanto, «os doentes não surgem nas listagens de doentes com essas patologias».

No comunicado fica o alerta «para este grave problema, esperando que os responsáveis pela implementação do Plano de Vacinação aos mais diversos níveis, nomeadamente os responsáveis pela extração das listagens, assumam as suas responsabilidades e corrijam os erros cometidos» e deseja que «não se espere que os Médicos de Família assumam uma responsabilidade que não têm neste processo».

Outro alerta passa pelo facto de que «a manter-se o ritmo de vacinação atual, serão necessários mais de 9 meses só para vacinar as pessoas da primeira fase».

Segundo estimativas do plano de vacinação, na primeira fase estão incluídas mais de 1 milhão e 600 mil pessoas, «o que poderá significar a administração de mais de 3 milhões e 200 mil vacinas, ora, durante o primeiro mês do programa de vacinação foram administradas apenas 331 mil vacinas».

O SIM apela à criação de centros de vacinação contra a COVID-19, com um quadro próprio que não exija a mobilização de recursos humanos do sobrecarregadíssimo SNS.

«A ideia de sobrecarregar ainda mais os Centros de Saúde com esta tarefa, num momento em que milhares de médicos e enfermeiros estão deslocados para Áreas Dedicadas a Doentes Respiratórios ou estão sobrecarregados com vigilância de doentes com COVID-19 ou doentes suspeitos de COVID-19, terá trágicos resultados para os doentes não-COVID-19.»

Por fim o SIM destaca as irregularidades nos números presentes no balanço do primeiro mês de vacinação.

O balanço indica um total de 331 mil vacinas (178 mil + 5 mil com uma toma e 74 mil com duas tomas), mas na tabela de farmacovigilância são referidas apenas 203 mil vacinados, refere o comunicado onde o SIM frisa que «os números não batem certo», pelo que o SIM exige «transparência e seriedade na divulgação do número de vacinas administradas com discriminação por local».


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