Os dois jovens suspeitos do homicídio de Lucas Miranda, com quem se encontravam institucionalizados no Centro Jovem Tabor, em Brejos do Assa, Palmela, vão ser julgados por um tribunal colectivo, conforme a informação disponível no site da Procuradoria da República da Comarca de Setúbal.
Foi o Ministério Público de Setúbal quem requereu o julgamento, por tribunal coletivo, e acusou os dois jovens da prática do crime de homicídio qualificado, um como autor, como cúmplice e ainda pela prática, em coautoria de um crime de profanação de cadáver.
Contra o suspeito de ser o autor do crime de homicídio qualificado, foi ainda imputada a prática de crimes de ameaça agravada, maus tratos de animal de companhia e de ofensa à integridade física simples, não relacionados com o homicídio de Lucas Miranda, mas que correm em processos distintos.
A acusação foi proferida no dia 9 de maio, e remete-se aos factos ocorridos a 15 de outubro de 2020, numa altura em que a vítima e os arguidos, todos menores à data dos factos, encontravam-se institucionalizados no centro de acolhimento Jovem Tabor.
A investigação, levada a cabo pela Polícia Judiciária, iniciou-se com a comunicação do desaparecimento da vítima que, após a sua institucionalização, em 2 de outubro de 2020, tentou por várias vezes a fuga das instalações.
Em fevereiro de 2021, e na sequência de rumores sobre a sua morte, a investigação centrou-se no eventual homicídio e ocultação de cadáver, consistente com a localização de um cadáver esqueletizado e não identificado num poço oculto por terra e diversos detritos, que através de prova pericial à dentição, permitiu a identificação do cadáver como sendo o da vítima.
Foi ainda apenso ao processo, a acusação deduzida contra um terceiro arguido, pela prática dos crimes de ofensa à integridade física simples e ameaça agravada, relacionados com o crime contra Lucas Miranda, então com 15 anos de idade.
Os suspeitos Ricardo, com 16 anos, e Leandro, de 17, que foram detidos no início de março, e libertados pelo Tribunal de Setúbal, terão asfixiado Lucas Miranda e depois atirado o corpo para um poço, tapando-o com ramos e folhagem.
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