ReportagemSeixal

Seixal | Atraso em obras e bloqueios de Facebook na reunião camarária

Das várias inscrições prévias de munícipes para intervir na reunião do executivo da Câmara Municipal no Seixal esta quarta-feira, compareceram José Manuel Craveiro com várias questões sobre o acesso ao cais do Seixal, “onde há barcos abusivamente acostados, sem termo, e assim impedindo outros de acostar, obrigando as pessoas a passar por essas embarcações ou a recorrer ao serviço de marinheiro, que nem sempre está a funcionar.

Gostaria de saber de quem é a responsabilidade desse serviço e da gestão do cais, das poitas e da grua, se da autarquia ou da Associação Náutica do Seixal (ANS), porque é preciso acabar com o lobby que ali foi criado.”

O vice-presidente Paulo Silva, em representação do presidente Joaquim Santos que está em gozo de férias, explicou que “existia uma parceria com a ANS mas que não foi renovada por vontade destes, e o serviço de marinheiro passou para a Associação Naval Amorense, mas a embarcação avariou e por isso foi contratada uma empresa para prestar o serviço de marinheiro. Teremos uma reunião com a nova direção da ANS para saber se querem retomar os serviços, mas actualmente toda a gestão cabe à Câmara Municipal do Seixal.”

A segunda munícipe a intervir foi Ana Rita Fitas, com uma situação de perigo para a saúde pública, devido a um andar no seu prédio “de onde saem baratas, atulhado de lixo, e com um cheiro nauseabundo, que serviu como residência de pessoas em situação de sem-abrigo.

A porta agora está arrombada, há autos da PSP, mas a empresa do condomínio não consegue encontrar os herdeiros do proprietário e disseram-nos que podíamos solicitar apoio da Câmara.”

O vereador Bruno Santos (CDU) considerou que “cumpridas as questões legais, temos condições para tentar ajudar a resolver no mais curto prazo de tempo, com articulação entre os serviços da Fiscalização, departamento de Higiene Urbana e a Proteção Civil, e depois imputar responsabilidades a quem de direito”.

Já no período Antes da Ordem do Dia, a vereadora Elisabete Adrião (PS), considerou importante a revisão do Regimento Municipal, no que foi secundada pelo vereador Bruno Vasconcelos (PSD), apontando como exemplo que “tínhamos dez inscrições de munícipes, mas não vêm à reunião porque acabam por ter a sua situação resolvida antes, mas ao não comparecerem impedem que outras pessoas participem”.

Outra questão da vereadora foi “a situação irregular e grave de estar integrada na Comissão de Ética e Boa Conduta da autarquia, a directora de um departamento da Câmara, pessoa sobre a qual está a decorrer um inquérito disciplinar após uma queixa de assédio moral, em 2020.

Dois anos depois, o IGF continua a aguardar a resposta do presidente sobre este inquérito, e durante este período nem a queixosa foi chamada a pronunciar-se no processo.”

A vereadora considerou ainda que “este inquérito irá ter o mesmo destino do que incidiu sobre uma funcionária da autarquia que utilizou o seu email institucional para difamar os outros partidos quando o Orçamento foi chumbado, e outra funcionária que andou de gabinete em gabinete a pedir apoio para a CDU nas eleições”.

Na sua intervenção o vereador Miguel Feio (PS), elogiou a iniciativa Street Food, mas lamentou que “tenha decorrido no mesmo fim-de-semana das Festas Populares do Seixal, do lado da Amora, onde não apareceu quase ninguém, sem iluminação e sem casas de banho, o que levou alguns dos participantes a não ficarem no domingo.

Este era um evento a nível nacional, e por isso seria preferível adiar um fim-de-semana para não decapitar esta iniciativa, porque estas coisas não se podem fazer só por espasmos.”

Confirmando a pouca adesão ao evento, “porque também passei por lá no sábado”, Paulo Silva esclareceu que “este tinha organização de uma entidade externa e a data que tinham disponível era aquela, embora tivessem sido informados de que decorriam as Festas de S. Pedro no Seixal”.

Os constantes rebentamentos na rede de infraestruturas de abastecimento de água foi outro assunto abordado por Manuel Feio, que deixou a proposta de que “seja feita uma intervenção de fundo, pelo menos nos locais onde esta situação é recorrente, dotando o orçamento anual de um ou dois por cento das verbas para uma intervenção de fundo. Ficaria muito mais em conta a substituição total do que os remendos.”

Outra crítica foi para a falta de meios e equipamento dos piquetes “que se queixam de falta de bombas, de chaves de roquetes, e de pessoal para responder à quantidade de solicitações que por vezes surgem diariamente e em mais do que uma ocasião no mesmo local”.

A esta crítica respondeu o vereador Joaquim Tavares (CDU) garantindo que “não faltam equipamentos, mas estes são de desgaste rápido, e sempre que vão para reparação, esta demora porque todos sabemos os constrangimentos a que estamos neste momento sujeitos”.

Miguel Feio questionou ainda sobre o andamento das obras no Pavilhão do Lobatos Voley, “que está prometido há seis anos, e agora parece estar parado”, ao que Bruno Santos garantiu “não existir atraso, mas pelas suas características, está a ser construído em estaleiro”.

O vereador comunista não deixou de criticar “a política do PS que pretende colocar colectividades contra colectividades, querendo dar a entender que há umas que recebem mais que outras”.

Os atrasos em obras foi também um dos assuntos abordados por Bruno Vasconcelos (PSD), que enumerou “a demora da obra no Centro Cultural de Amora, do Lar de Fernão Ferro, das intervenções na Rua Gomes Freire de Andrade, perto da Loja do Cidadão na Amora, onde o alcatrão foi arrancado e assim está há meses”, com Joaquim Tavares a garantir que “a obra é de fundo e por isso demora, até porque inclui a renovação das infraestruturas de abastecimento e a criação de mais lugares de estacionamento, mas também a criação de um espaço de lazer para a população”.

Sobre o lar de Fernão Ferro, Paulo Silva referiu que “decorre um processo contra a empresa de construção pelo contrato de empreitada que não foi cumprido”.

Bruno Vasconcelos questionou também a demora no processo de colocação de tartan no Complexo Municipal Carla Sacramento e a manutenção do seu relvado, com Bruno Santos a garantir que “em setembro teremos ali provas de atletismo, inseridas nas Seixalíadas”.

Uma outra crítica foi também para “os bloqueios feitos na página do presidente da Câmara Municipal no Facebook, que é paga por todos nós, mas que ao estilo bolchevique apaga comentários e bloqueia perfis de munícipes, mas pior ainda, também de vereadores eleitos, quando o que ali é comentado não agrada. Isto é uma falta de respeito e não fica bem a um município que se afirma pela liberdade.”

Neste período interveio também a vereadora Maria João Macau (CDU), com o balanço sobre os primeiros dias de circulação da Carris Metropolitana no concelho do Seixal.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *