Opinião

PS ou PSD?

As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor.

PS e PSD, dois partidos, duas siglas que se diferenciam por apenas um “D”. Mas que diferença faz este “D”? Sabemos que na realidade ele representa a social democrata, enquanto a ausência dele representa o socialismo, no entanto nestas eleições a sigla vencedora incluir a letra “D” representa muito mais do que isso.

A sua ausência representa inércia, enquanto a sua presença representa o reformismo. A sua ausência diz-se representar igualdade, mas só com a sua presença esta é defendida como pressuposto numa sociedade livre e justa. A sua ausência defende que todos devem tratar-se no SNS (à exceção dos políticos), mas a sua presença defende que todos devem ter acesso ao SNS, mas que também devem ter a liberdade de escolher se preferem tratar-se no público ou no privado, ter seguro de saúde ou não. A sua ausência defende que todos devem ir para a escola pública independentemente da qualidade das escolas da localidade onde vivem, mas a sua presença defende que todos devem ter acesso ao ensino público, mas também devem ser livres de escolher o melhor para os seus filhos.

O PS diz que o país está bem e normalizam a situação comparando-a com a liga dos pequeninos, enquanto o PSD olha para a União Europeia e vê Portugal a aumentar preocupantemente a diferença de salários entre os restantes países, ao mesmo tempo que as rendas aumentam ao ritmo dos mesmos. A situação de Portugal não é comparável com a dos outros países. Se Portugal atualmente está atrasado 5 anos em relação aos países mais desenvolvidos, com uma governação do PS, seriam mais 5 anos de destruição dos serviços públicos. Com uma governação do PSD serão 5 anos de reabilitação dos serviços públicos.

O que o PS falha em perceber é que para haver mudança, não pode haver inércia, e o que falta ao Pedro Nuno Santos perceber é que o país não quer mais “dinamismos políticos” perpetrados por políticos incompetentes. O país quer pessoas competentes, tendencialmente da sociedade civil, para trazerem a mudança.

Este “D” torna estes dois partidos muito diferentes. Representa duas diferentes formas de pensar, que se vêm cada vez mais a demonstrar, principalmente derivado da liderança de Pedro Nuno Santos que se tem vindo a afastar o PS do centro e aproximá-lo da extrema-esquerda. Enquanto o PSD se mantém igual a si mesmo e aos seus ideais, o novo líder do PS aparenta querer mesmo levar o partido para as raízes do socialismo, aquele que tem por objetivo último desenvolver o comunismo.

O PS é o partido que representa as dependências e cunhas, cuja hegemonia levou, nos últimos anos, ao surgimento de mais militantes que desejam lugares de subsistência no parlamento ou autarquias, não querendo alterar o estado que lhes garante o modo de viver. Não é por coincidência que José Sócrates se virou para a JS após começado a vida política como militante do JSD.

O PSD é o partido dos portugueses trabalhadores honestos e proativos que procuram a melhoria do seu país metendo muitas vezes o interesse do país à frente dos seus próprios interesses e carreirismo político. O PSD é o partido dos reformistas e ambiciosos, que veem a política, não como um modo de vida, mas sim como uma passagem temporária, cívica, que melhora país e as vidas dos demais e consequentemente, as suas próprias.

Quando o PSD defende uma medida, está a pensar a médio-longo prazo, num estado que, embora estado-garante dos serviços públicos (i.e. estado social), não seja tão intervencionista, não se prendendo a ideologias socialistas utópicas ou a conservadorismos bacocos, dando a mão tanto ao serviço público, como também ao privado e social, quando necessário. O PSD, quando defende uma medida está a pensar no elevador social e na sua manutenção a longo prazo, tal que a meritocracia se sobreponha ao desígnio do PS de dividir o país em duas classes permanentes, a classe operária (99% dos portugueses) e a intelectual (formada pelos quadros/camaradas do PS que perfazem os restantes 1%). O PSD quer dar ferramentas às pessoas para que se possam sustentar durante a sua vida toda, já os socialistas querem retirar as ferramentas às pessoas, para que quando estas fiquem estado-dependentes (42% dos portugueses são pobres antes dos apoios do Estado).

Luís Montenegro tem vindo cada vez mais a personificar a vontade do partido e dos portugueses, providenciando medidas pensadas e calculadas com o apoio de uma sociedade civil competente e empenhada em mudar o país (como demonstrado pelo manifesto público de apoio a Montenegro). Por outro lado, temos Pedro Nuno Santos a vangloriar-se das suas asneiras singulares que levou a cabo quando esteve no cargo de Ministro das Infraestruturas e da Habitação, o qual se teve de demitir tal foi o desastre. O cúmulo disto tudo é vermos quadros do PS a afirmar o carisma do seu líder, que de líder não lembra nada, senão uma criança mimada que foi posta no trono por um pai adoentado.

A Luís Montenegro alguns apontam-lhe a falta de carisma, eu digo que as pessoas estão sim habituadas a tanta demagogia no lugar do PM que já se esqueceram como pode haver alguém comedido, com propostas concretas e fazíveis a candidatar-se ao cargo. Luís Montenegro é advogado, pertence à sociedade civil, já desempenhou cargos como deputado e líder parlamentar, tem experiência de vida. Já o seu rival do PS, não trabalhou mais que um ano (e foi nos quadros da empresa do pai) e teve sempre cargos em governos porque o tio António Costa precisava de um agiota incompetente para distrair o público das manobras do PS.

“A melhoria contínua é melhor do que perfeição adiada”. Não há melhor frase que a de Mark Twain para descrever o momento político que vivemos. O PSD personifica aqui a melhoria contínua e o espírito reformador, enquanto a perfeição adiada, neste caso mais parecendo eternamente, o PS e a sua insistência de que uma sociedade melhor (“perfeita”) só será atingível com um estado com tentáculos polvo, dando inveja mesmo ao pobre camarada Álvaro Cunhal.

Citando Luís Montenegro, “não temos de ser o que o PS quer que sejamos: uma sociedade nivelada por baixo, acorrentada a subsidiodependências, cada vez mais pobre, temos tudo para ser um país mais rico, um país mais justo!»

Por Pedro Severo, Coordenador do Ensino Superior da JSD/Almada


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