Profissionais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo enviam ‘Plano de Emergência’ ao Governo
Um conjunto de profissionais de saúde da área de Lisboa e Vale do Tejo enviou para o Governo um ‘Plano de Ação de Emergência’, no qual elencam um conjunto de soluções para dar resposta aos milhares de utentes sem equipa de família.
Este plano foi enviado para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, para o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde e também entregue ao ministro da Saúde durante uma visita que realizou à unidade Via Verde Seixal, no âmbito da iniciativa intitulada ‘Governo + Próximo’.
Os profissionais de saúde defendem um modelo temporário para dar resposta a uma emergência que se baseia na existência de uma equipa de missão com uma remuneração diferenciada.
O objetivo é criar um modo de organização flexível de acordo com as circunstâncias, contexto e recursos mobilizáveis para cada local carenciado, criando equipas multidisciplinares às quais chamam ‘equipas de missão’.
O recrutamento destas equipas de missão local, explicam no documento, deve ser independente do número de médicos, enfermeiros e outros profissionais previstos nos mapas de pessoal de cada agrupamento de centro de saúde.
Para este grupo de profissionais de saúde, a resposta deve ser centrada nas pessoas e nas necessidades de saúde mais essenciais tais como vacinação, cuidados de planeamento familiar, vigilância de gravidez, vigilância ao recém-nascido e ao longo dos primeiros anos de vida, atendimento qualificado e atempado em situação de doença aguda, abordagem a situações complexas de multimorbilidade e controlo de fatores de risco e de doenças crónicas suscetíveis de levarem a complicações, internamento e até morte se forem negligenciados.
O plano foi desenhado por profissionais de saúde de centros de saúde do Seixal, Amadora, Olivais, Sintra, Brandoa e Almada que alertam para o facto de mais de 1,5 milhões de utentes em Portugal não terem ‘equipa de família atribuída’ e de existir a previsão de aposentação de mais de mil médicos de família só em 2023 e de cerca de mais 500 nos dois anos subsequentes.
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