Palmela

Palmela celebrou abril, reprimindo a guerra: “quem nos dera que em vez de balas saíssem cravos”

Mensagens dos representantes da assembleia municipal de Palmela relembram a guerra e a liberdade.

Palmela celebrou os valores de abril ao som de “Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso, e da “Portuguesa”, que ecoaram no exterior e interior da Biblioteca Municipal de Palmela, numa cerimónia realizada hoje, pelas 11h00.

A iniciativa promovida pela Assembleia Municipal de Palmela contou com discursos dos representantes dos partidos com assento neste órgão municipal, bem como de Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela e de José Carlos de Sousa, presidente da Assembleia Municipal de Palmela.

Tânia Ramos, do Bloco de Esquerda, evocou o papel das mulheres na revolução, destacando a luta de Catarina Eufémia pela liberdade e os direitos adquiridos com o 25 de abril. No seu discurso insurgiu-se contra a guerra da Rússia contra a Ucrânia: “quem nos dera hoje que as crianças ucranianas pudessem brincar livremente na rua,” “quem nos dera que em vez de balas saíssem cravos”, rematou.

Pedro Miguel Barão, do partido CHEGA, marcou o discurso pela tónica do que está mal em Portugal, uma vez que considera que “este regime cuida sempre bem dos mesmos, do clientelismo”: “queremos outra democracia” “este sistema é de interesses ocultos,” atacou.

Carlos Vitorino, do PPD – PSD, citou o discurso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, proferido no Parlamento Português, e partilho um desejo: “esperando daqui a um ano o ditador que vive no Kremlin seja deposto”

Carlos valente, do MCCP, falou sobre os valores de abril e o papel dos jovens para que “nunca se perca a consciência da importância da liberdade e da democracia, conquistas que nos honram.”

O PS, representado por Ricardo Matos, alertou que “a liberdade e a democracia são obras inacabadas e não estão imunes às ameaças” e “é necessário agir contra o populismo.”

Ana Teresa Vicente, da CDU, diz que “abril foi em todos os sentidos inequivocamente um processo de paz”, alertando que “a guerra nunca é solução”: “gritamos e condenamos os crimes de guerra contra o povo da Ucrânia”

Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, usou a palavra para enaltecer abril e os seus valores: “Uma revolução sem sangue que se fez paz, democracia e liberdade,” Apelando que “é urgente estabelecer pontes que permitam levar o 25 de abril mais longe,” “devemos encontrar novas formas de comunicar com as novas gerações” os ideais de abril.

José Carlos de Sousa, Presidente da Assembleia Municipal de Palmela, demonstrou um caminho para que as populações mais novas se envolvam na política: “Os jovens devem sentir que fazem parte de um processo que os escuta e os integra,” é hora de criar em Palmela uma assembleia para jovens, envolvendo a população. Uma vez que “terá de haver um abril que nos dê um melhor concelho.”


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