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Palavras como ‘Natal’ e ‘Maria’ em risco de serem banidos pela Comissão Europeia

A Comissária Europeia para a Igualdade, Helena Dalli, esteve envolvida numa polémica, depois da divulgação de um documento interno no qual propunha aos trabalhadores da Comissão Europeia a eliminação de termos ligados à igreja católica, em nome da inclusão de outras culturas religiosas na União Europeia.

O guia linguístico, dirigido aos elementos da Comissão Europeia, que foi divulgado pelo jornal diário italiano ‘Il Giornale’, gerou enorme controvérsia e levou mesmo a Comissária a explicar que o documento se tratava apenas de «uma proposta de orientações internas para a comunicação dos funcionários da Comissão nas suas funções» e que o mesmo «tinha como objetivo atingir uma meta importante: ilustrar a diversidade da cultura europeia e mostrar a natureza inclusiva da Comissão Europeia em relação a todos os estratos e crenças dos europeus cidadãos».

Neste documento, a Comissária para a Igualdade pretendia que fossem proibidas palavras como «Natal», a ser substituído por «feriado» (à semelhança do ‘Hollidays’ nos EUA), assim como os nomes próprios de ‘Maria’ e ‘João’, por serem nomes bíblicos e por isso com possibilidade de serem considerados ofensivos e não inclusivos para todas as religiões, géneros, identidade sexual, origem étnica e cultural.

Outra recomendação era a proibição de termos masculinos e femininos, não se dirigindo às pessoas com termos como ‘Senhor’ ou ‘Senhora’, ou a audiências com a designação de ‘Caros senhores e senhoras’, que deveria ser substituído por ‘colegas’, assim como termos como ‘trabalhadores’, devido às conotações de género das palavras.

Todas as recomendações visavam uma reflexão da diversidade e a luta contra os estereótipos que a Comissária considerava «profundamente enraizados no comportamento individual e colectivo».

A polémica instalou-se até no órgão e Margaritis Schinas, Vice-Presidente da Comissão Europeia e Comissário Europeu para a Promoção do Modo de Vida Europeu, chegou mesmo a iniciar um discurso público com uma critica à proposta de Dalli, no dia seguinte ao guia ter sido divulgado.

«Boa tarde, senhoras e senhores, espero que ainda possa chamar-vos senhoras e senhores nesta Comissão.»

Perante as criticas que surgiram na comunicação social internacional, a Comissária retirou o documento, justificando que o mesmo «não estava terminado, e que iria passar a incluir as preocupações e sugestões que lhe fossem dirigidas, de forma a actualizar o guia».


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