Opinião

OS PRESOS COMEM, MAS OS GUARDAS NÃO!

As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor.

Por mais caricato ou absurdo que possa parecer, ontem, sexta-feira, um colectivo de juízes no tribunal de Beja determinou que os guardas do Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais (GISP) e do Estabelecimento Prisional de Lisboa que vigiavam 26 arguidos em prisão preventiva, de um processo que julga crimes graves como tráfico de seres humanos, ofensas à integridade física qualificada, ou branqueamento de capitais, ficassem sem comer para que os presos pudessem almoçar.

Colocam-se aqui duas questões: Os juízes também ficaram sem comer? Tendo por base as informações relatadas nos jornais, os juízes mandaram vir alimentação para os reclusos comerem na sala de audiências. Sendo assim, qual a razão para não terem mandado vir comida para os guardas?

Os guardas prisionais, para além de serem mal remunerados e de trabalharem sem as mínimas condições de segurança, hoje em dia, têm menos direitos do que os presos.

Lamentavelmente a Portugal transformou-se num oásis para criminosos e uma travessia no deserto para os portugueses cumpridores da lei.

Na Justiça temos leis mais protetoras dos criminosos do que das vítimas; as Finanças perseguem os portugueses que trabalham, mas o Estado pode ser devedor ao cidadão e nada acontece aos governantes ou a quem está à frente das repartições de finanças; na Educação quem não sabe passa, pois, o que interessa é mostrar a Bruxelas que somos todos doutores; na Saúde ou temos um seguro privado ou arriscamos a vida nas listas de espera e cada vez mais pagamos impostos ou taxas por tudo e por nada, mas o que não pode faltar é condições a quem está preso, mesmo que tenha cometido o crime mais horrível de todos.

Evidentemente que ninguém deve defender condições que ofendam a dignidade da pessoa humana para quem esteja preso, mas não posso aceitar que quem prejudicou a sociedade e cometeu crimes seja mais protegido ou beneficiado do que aqueles que nos protegem, às vezes, de autênticos animais, como pedófilos e afins.

Temos de repensar o nosso sistema penal e prisional, que se baseia na reinserção social dos presos, para que as prisões não continuem a ser faculdades do crime.

A primeira medida é legislar no sentido de obrigar os presos a trabalhar em prol da sociedade, seja a cuidar das florestas ou outra coisa qualquer .

Depois, não se pode tolerar que presos ataquem guardas prisionais, tem de existir uma punição exemplar para esses casos.

Por último, não podemos continuar a ver presos a filmarem-se a eles próprios e a terem uma vida dentro das prisões que parece que estão num hotel.

Ou seja, hoje em dia muitos portugueses têm uma vida melhor dentro das prisões do que estando a trabalhar cá fora, como se viu neste caso em que os presos almoçaram, mas os guardas não.

Parabéns a décadas de governação socialista que nos levaram a esta situação, em que exportamos os melhores e importamos, demasiadas vezes, aqueles que os seus países rejeitam.

O que aconteceu em Beja é apenas a ponta do iceberg, se nada for feito, pouco falta para que os presos exijam ter direito a um RSI (Rendimento Social de Inserção) enquanto estão presos…


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