O peso do diagnóstico
Efetuar um diagnóstico será uma tarefa rotineira para quem atua na área clínica, mas de todo, de menor importância.
Um diagnóstico incorreto pode mudar a vida de alguém, limitar as suas escolhas, oportunidades e o olhar de quem o rodeia.
Um diagnóstico certeiro, mal partilhado/divulgado pode ter um efeito tão ou mais perverso do que o exemplo anterior.
Serei eu então, anti diagnósticos?
Não creio, como mulher da ciência, acredito na importância do conhecimento. Sobretudo do autoconhecimento, como ferramenta para sermos mais felizes e realizados.
Como psicoterapeuta, inquieta-me a elevada percentagem de diagnósticos incorretos, sobretudo apressados, sem critérios, muitas vezes sem uma correta utilização de instrumentos de avaliação.
Indigna-me a percentagem elevada de crianças e adultos medicados, sem diagnóstico e sem critério para tal.
Condeno os diagnósticos como prisão, limitação das nossas escolhas e liberdades. Os diagnósticos que servem para nos colocar em gavetas, com rótulos, para que o mundo possa ser mais securizante e muito mais cinzento.
Defendo o diagnóstico enquanto potencial de melhoria e caminho para a felicidade e realização!
Seja exigente com os profissionais de saúde que procura, não aceite verdades absolutas, nomeadamente com base apenas na observação! Faça perguntas! Peça relatórios! Pela sua saúde mental!
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