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Novo avião será construído em Portugal e contará com material nacional

Lus 2022 é a primeira aeronave que será construída de forma integral em solo português, e 2025 é a linha de partida para que este novo equipamento possa voar. A construção da aeronave será feita em Ponte de Sor, no Alentejo. O projeto nasceu de um investimento externo que pretende uma produção de 20 a 30 unidades anuais e conta com um investimento de “mais de 100 milhões de euros”, podendo criar mais de 300 postos de trabalho.

O nome do aparelho, Lus 2022 foi explicado por Miguel Braga, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA). Lus remete à “luz de Portugal” e os três “2” de 2022 representam os dois motores e a distância que o equipamento consegue percorrer. Informações divulgadas durante a 6.ª edição do Portugal Air Summit, a decorrer em Ponte de Sor até dia 15.

Évora será a cidade que vai servir de palco aos estudos e desenvolvimento de engenharia, no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia. Posteriormente, no aeródromo municipal de Ponte de Sor, será onde os aviões ganharão forma, tornando assim, a construção do avião 100% Alentejana.

A construção será apoiada pelo CEiiA, entidade com experiência na área da aviação e trabalhos realizados na aeronave KC-390 (Embraer), onde foram investidas mais 650 mil horas de engenharia.

A aeronave será feita praticamente só com recursos nacionais, só não o é porque o motor e o trens de aterragem não são desenvolvidos em Portugal e por isso terão de ser importados. “Na verdade, a única parte que não é portuguesa, são os trens de aterragem e os motores, não há ninguém que o faça em Portugal. Tudo o resto é português”, esclareceu Miguel Braga.

No momento em que o memorando de entendimento foi assinado entre o município de Ponte de Sor e a EEA Aircraft, Miguel Braga sublinhou: “Em Ponte de Sor vamos ter a primeira linha de montagem em Portugal. Temos a Embraer e a OGMA, mas nenhuma monta o avião por completo. É um grande salto para o cluster e o ecossistema aeronáutico português e é um grande resultado para o país”.

A aeronave “não pressurizada” será composta por 19 lugares de passageiros, com a capacidade de percorrer 2 mil quilómetros e com o limite de 2 mil quilos de carga. A aeronave terá uma versão civil e uma outra militar e o principal mercado alvo da empresa será o continente Sul Americano.

Espera-se que a construção das aeronaves esteja entre as 20 e as 30 unidades anuais em “velocidade” cruzeiro. Os valores sobre o custo de produção não foram revelados, mas o valor total do investimento deverá passar os 100 milhões de euros, segundo declarações feitas ao SAPO 24. “Pelas nossas estimativas rondam os 100 milhões de euros”.


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