Atualidade

Mais acidentes, feridos e óbitos nas estradas durante o primeiro trimestre de 2023

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária revelou esta quinta-feira os dados referentes ao 1.º trimestre de 2023.

Segundo os dados, entre janeiro e março de 2023 registaram-se 7.909 acidentes com vítimas, 106 vítimas mortais, 541 feridos graves e 9.194 feridos leves no Continente e nas Regiões Autónomas.

No Continente, nos primeiros três meses de 2023 registaram-se 7.585 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 101 vítimas mortais, 493 feridos graves e 8.828 feridos leves.

Comparativamente com o período homólogo de 2022, observaram-se aumentos em todos os indicadores no Continente: mais 813 acidentes (+12,0%), mais 2 vítimas mortais (+2,0%), mais 21 feridos graves (+4,4%) e mais 1.003 feridos leves (+12,8%).

A ANRS aponta ainda que, relativamente a 2022, no primeiro trimestre do ano tem vindo a registar-se um aumento da circulação rodoviária com o correspondente acréscimo no risco de acidente, como se pode concluir do aumento de 9,2% no consumo de combustível rodoviário até março de 2023, de acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia, e do aumento de 12,3% do tráfego médio diário da rede de auto estradas da APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens.

Apesar destes dados, o número de acidentes e de vítimas mortais diminuiu relativamente a 2019, ano de referência para monitorização das metas fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal, de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030, registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas menos 512 acidentes (-6,1%), menos 14 vítimas mortais (-11,7%), mais 8 feridos graves (+1,5%) e menos 867 feridos leves (-8,6%).

Segundo os dados, a colisão foi a natureza de acidente mais frequente (53,3% dos acidentes), com 30,7% das vítimas mortais e 46,0% dos feridos graves.

Os despistes, que representaram 31,1% do total de acidentes, corresponderam à principal natureza de acidente na origem das vítimas mortais (47,5%).

Mais de metade (54) do número de vítimas mortais registou-se na sequência de acidentes ocorridos fora das localidades, com um decréscimo de 14,3% e de 11,5% face a igual período de 2019 e de 2022, respetivamente. 

A maior parte dos acidentes (63,8%) ocorreram em arruamentos, correspondendo a 34,7% das vítimas mortais (+40,0% em termos homólogos) e a 44,4% dos feridos graves.

Nas estradas nacionais ocorreram 19,3% dos acidentes, com 24,8% das vítimas mortais (-28,6%) e 34,5% dos feridos graves (+27,8%). Nas autoestradas registaram-se subidas face a 2019 nos números de acidentes (+15,3%) e de vítimas mortais (de 8 para 12).

As vítimas mortais foram na sua maioria os condutores dos veículos, (63,4%), enquanto passageiros e peões corresponderam a 14,9% e 21,8%, respetivamente.

Em termos de variação homóloga, nas vítimas mortais verificaram-se diminuições nos passageiros (-46,4%), de 28 para 15 até março de 2023, tendo-se, contudo, registado aumentos nos peões (+69,2%) e nos condutores (+10,3%).

Os automóveis ligeiros corresponderam a 73,4% do total dos veículos envolvidos em acidentes, com uma diminuição de 10,7% face a 2019, mas um aumento de 11,2% relativamente a 2022.

Já no caso dos motociclos, ocorreu uma subida de +19,2% face a 2019 e +17,9% face a 2022, e nos velocípedes +29,0% face a 2019 e +15,7% face a 2022.

De realçar que os ciclomotores e os veículos agrícolas envolvidos em acidentes reduziram 34% e 26,5% face a igual período de 2019.


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3 Comentários

    1. Januario Coelho desculpe mas discordo, ando todos dias nas estradas e posso lhe dizer que a velocidade neste momento é o menor problema das estradas portuguesas, falta de civismo, egocentrismo nos cruzamentos e rotundas, e a maior delas todas as distrações devidas aos meios electrónicos existentes ( Principalmente telemóveis )

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