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Floresta portuguesa vai ser vigiada por drones este verão

João Pedro Matos Fernandes falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Coordenação da AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais), que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

“Decidimos reforçar de forma clara a vigilância para assegurar que, assim que venha a ocorrer um incêndio, ele seja combatido no menor espaço de tempo possível. Vamos garantir que os cerca de sete mil elementos no terreno, de diferentes corpos, todos eles irão agir de forma articulada nessa mesma vigilância”, declarou o ministro do Ambiente e da Transição Energética.

João Pedro Fernandes adiantou também que as ações de vigilância serão reforçadas com “seis equipas com dois drones cada, ou seja, 12 no total que vão ser adquiridos”.



“Esses 12 drones terão uma capacidade de voo entre seis e oito horas, tendo um raio de ação de 100 quilómetros a partir do ponto onde é comandado. A partir do final de junho, esses drones vão estar no terreno. Neste primeiro ano, serão uma grande ferramenta para se fazer vigilância”, considerou.

Na reunião de hoje, segundo o ministro do Ambiente e da Transição Energética, ficou também a ideia de que, até ao momento, não há qualquer indicação de se perspetivar uma redução de meios humanos para o combate aos incêndios em consequência da atual pandemia de covid-19.

“Todas as entidades cooperaram para reduzir ao máximo o risco de contágio, embora, de forma categórica, não possamos dizer quer essa redução de meios não venha a acontecer”, ressalvou o membro do Governo.

Já o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, foi questionado sobre as consequências da covid-19 na forma como as forças poderão atuar no combate aos incêndios.



“Mais do que nunca, este ano, é importante reduzir o número de incêndios nos dias mais críticos. Se houver menos incêndios, menor a necessidade de se mobilizarem recursos”, respondeu Tiago Oliveira.

Perante a atual pandemia de covid-19, Tiago Oliveira referiu que, no plano operacional, “terão de existir adaptações” – adaptações essas que, no entanto, não devem prejudicar o combate.

“A Proteção Civil tem um conjunto de preocupações que as tem transmitido aos corpos de bombeiros. Pela parte da AGIF, temos um conjunto de recomendações que estamos a validar junto da Direção Geral da Saúde”, referiu.

Essas recomendações serão depois transmitidas “transversalmente a todas” as entidades e, de acordo com o presidente da AGIF, “a regra do distanciamento social vai aplicar-se, naturalmente garantindo que não haverá impacto na operação”.

“Estamos a tentar perceber como nos vamos ajustar. Estamos a olhar de frente para o problema, tendo como objetivo principal reduzir o número de ignições”, acrescentou Tiago Oliveira.


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