Sesimbra

Exposição «A Colher no Mundo» em Sesimbra

O evento, que principiou no passado dia 16 de julho, estará em exibição até à próxima segunda-feira. No evento vão estar expostas mais de 300 tipos de colheres. 

A coleção pertence à Ilda Carvalho, mais conhecida em Sesimbra por ‘Dona Ilda’, que só na sua coleção pessoal de já 50 anos, tem mais de 2 mil colheres provenientes de todos os cantos do mundo.

Ilda editou, inclusivamente, na passada terça-feira, um livro sobre a sua extensa coleção, evento que aconteceu na Fortaleza de Santiago e que realizou um sonho antigo à colecionadora. A exposição e lançamento do livro inserem-se na comemoração das Festas de Santiago com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra. É possível visitar a coleção todos os dias, em 3 horários: entre as 11h00 e 13h00, das 16h00 às 18h00 e entre as 21h00 e 23h00.

A colher é uma invenção antiga e é impossível estabelecer quando o utensílio foi criado pela primeira vez. Uma das datas estimadas varia entre há 3 mil e 7 mil anos. Essas colheres antigas feitas de madeira, ardósia e marfim estavam em posse de sacerdotes egípcios e faraós, e eram elaboradas em desenhos exóticos e, muitas vezes, descrevendo eventos religiosos importantes nos seus punhos e tigelas, recorrendo ao uso de hieróglifos e desenhos elaborados. A origem da palavra é desconhecida. Vários linguísticos vêm a raiz do vocábulo nos verbos ‘lamber’ ou ‘rastejar’, bem como ‘log’, que significa ‘aprofundamento’. Outra das origens apontadas, é o verbo ‘engolir’. É o único instrumento que permite comer alimentos sólidos e líquidos.

Durante a vigência do Rei Eduardo I, em Inglaterra, no século XIII, as colheres eram usadas não apenas no auxílio das refeições, mas como marca de riqueza e poder.

Os objetos que antecederam a colher, mas com funções parecidas, eram conchas do mar, metades de cascas de noz ou até mesmo folhas densas dobradas de plantas. Ainda atualmente, algumas tribos em África ou na América do Sul utilizam conchas de molusco como colheres.

Várias superstições foram criadas, como a ideia de que colocando duas colheres num copo, se pode esperar um bom casamento; se este talher extra estivesse na mesa durante um jantar em família, haveria um convidado; não se deve bater na mesa com uma colher, já que virão daí, problemas.

Foi já no século XX, depois de muitas evoluções, que foi descoberto o aço inoxidável, o que consistiu no ponto de viragem na história da Cutelaria. Atualmente, esse tipo de metal corresponde a 80% da base de todas as colheres do planeta. Entretanto, a invenção do plástico permitiu aos inventores começar a experimentar modelos híbridos de utensílios de cozinha e a colher pode estar presente em vários deles.

Ajudado pelo cromo, um material que faz parte do produto, é mais fácil proteger o objeto da corrosão. Atualmente, uma colher é formada por uma parte côncava e uma zona para pegar no objeto. Mais de 50 variações de colheres são usadas em muitas das tarefas específicas na alimentação, preparação e outras atividades. As colheres são feitas de vários metais e ligas, mas a prata ainda é muito apreciada e valiosa, quando ornamenta estes objetos.


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