Opinião

E DEPOIS DO ADEUS, FICAM-TE COM A CASA

Uma crónica da inteira responsabilidade de Bruno Fialho

“E depois do Adeus” foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974.

Lamentavelmente, em Portugal temos passado 48 anos a discutir mais esta revolução do que os problemas do país.

Acredito que os portugueses não merecem a maioria dos governantes que têm tido ao longo destas 4 décadas, mas se calhar até merecem, porque deixam-se roubar, espezinhar e humilhar por sucessivos governos e governantes que estão mais interessados no próprio umbigo do que em resolver os problemas do país e em que quem participa dessa governação começa pobre e acaba rico, perdão, muito rico.

Nesse sentido, ontem foi apresentado um programa para, supostamente, resolver o problema da habitação em Portugal.

E qual foi a ideia do Partido Socialista? Roubar casas aos portugueses!

Uma das medidas anunciadas é o regime de “arrendamento compulsivo” de casas devolutas, que prevê que caberá ao Estado ou ao município “pagar ao proprietário a renda que é devida” e cobrar “a renda que resulta do subarrendamento” que fará depois.

Ora bem, por casa devoluta a lei diz-nos que é uma habitação secundária, mas que está vazia há mais de um ano, a não ser que se localize num concelho diferente.

Aviso desde já que apenas tenho uma casa e estou a pagá-la ao banco, mas como não gosto de viver em países totalitaristas, não gosto de ver o Estado a roubar a propriedade privada aos cidadãos.

Ou seja, a título de exemplo, se eu receber de herança uma casa que está completamente degradada e não tiver dinheiro para fazer obras, posso preferir aguardar algum tempo, que podem ser dois, três ou cinco anos, para juntar a quantia necessária e tornar a casa habitável, para depois vendê-la ou arrendá-la.

O que o Estado veio agora dizer é que, quer eu queira ou não, quer eu tenha dinheiro ou não, essa casa vai ser arrendada, ou seja, passa a ser propriedade do Estado e ponto final!

E quem irá fazer as obras das casas devolutas? O Estado ou o verdadeiro proprietário?

Podia dar mais exemplos, mas existe uma questão primordial, que até já coloquei nas redes sociais, que nos quererem convencer a dar as nossas casas ao maior ladrão de Portugal, que é o Estado, para ser o pior gestor de todos, novamente o Estado, a geri-las para arrendamento a terceiros.

Considero que estas medidas vão criar o caos no mercado da habitação e piorar aquilo que já é mau, pois, medidas avulsas dão sempre nisto. Portugal precisa de medidas de fundo e não de meras opções de cosmética.

António Costa, que tenha vergonha e apresente a sua demissão e a do governo, é isso que o partido ADN já pede há algum tempo.

E se a seguir a este “E depois do Adeus, fica sem casa”, vem outro para nos ficar com o carro, com a mobília ou com tudo, suportados na máxima de que só é possível sermos felizes se não tivermos nada, então mais vale preparar-nos para uma revolução a sério e não como aquela que colocou gente sem capacidade a gerir os destinos do nosso país.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *