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Carlos Ferreira ataca com duras críticas a AML sobre “o cenário caótico nos transportes públicos”

O Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Montijo, Carlos Ferreira, emitiu esta sexta-feira, um comunicado tecendo severas repreensões à Área Metropolitana de Lisboa (AML) na gestão dos transportes públicos rodoviários nos concelhos do Montijo, Alcochete, Moita, Palmela e Setúbal, anunciando que “prejudicou a vida milhares de pessoas e centenas de empresas, que tiveram prejuízos morais e patrimoniais de grande monta, que deveriam e poderiam ter sido facilmente evitados”.

Carlos Ferreira, deixa também claro que a transição da TST para a nova Alsa Todi foi feita de forma incongruente, não havendo o cuidado de primeiro “avaliar junto dos motoristas e seus sindicatos, se estavam reunidas as condições para a operação arrancar”. Em consequência das decisões tomadas, foram exigidos novos itinerários aos motoristas acompanhados por um acréscimo nas horas de serviço.

“Uma transição de operador de transportes, em simultâneo nestes 5 concelhos, numa 1ª fase apenas deveria ter sido feita exatamente para as mesma carreiras e horários da antiga TST (como os motoristas depois da paralisação de 06/06/2022, acabaram por obrigar que fosse feito) e só depois dessa operação transitada e consolidada, é que se podia passar a uma 2ª fase, de adição incremental de novas carreiras e horários, à medida que houvesse motoristas para as garantir em quantidade e qualidade. Mas em vez disso, esta AML quis fazer omeletas sem ovos no Lote4, deu um passo maior do que a perna e estatelou-se ao comprido no chão, arrastando todos os utentes e empresas, em que os funcionários dependem destes transportes públicos”, acrescenta o Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Montijo.

Carlos Ferreira, indignado, acusa a passividade da AML perante os 333000 habitantes dos 4 concelhos que abrangem o lote4, expressando de forma veemente a culpabilização da Área Metropolitana de Lisboa em querer avançar com um projeto sem este estar previamente definido. “Não é culpa da Alsa Tody, mas sim da própria AML, que de forma leviana, acabou por fazer de todos nós cobaias, neste ensaio laboratorial de transportes, antes de arrancar com os outros 3 lotes de concelhos”, acrescenta.

Ainda de acordo com o comunicado, “este Sr. 1º Secretário da AML, responsável por esta gestão de concurso público e do contrato (e seus anexos que esconde), defraudou os munícipes e os presidentes de câmara destes 5 concelhos. Nem se trata de uma questão política de esquerda ou de direita, trata-se apenas e simplesmente de incompetência pura. Num país normal, os 5 presidentes de câmara destes concelhos que foram enganados durante 5 meses pela AML, teriam agora, certamente, a coragem política de em nome dos seus munícipes, exigirem a renúncia/demissão do Sr. 1º Secretário da AML, pois não o fazendo, é porque são coniventes com a sua incompetência e mostram que dão mais importância à sua geringonça metropolitana, do que às pessoas suas munícipes e eleitores que foram gravemente prejudicados”.

O Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Montijo, comentou também as declarações de Carlos Humberto de Carvalho, responsável pela AML, ao indicar que assumiria toda a responsabilidade “política” sobre a situação dos transportes públicos no decorrer destes cinco meses, mas que não se vai demitir. “Isto é incompreensível para qualquer português de bom senso, que não tenha nada a ver com este lamaçal em que mergulhou a política em Portugal. Qualquer homem honrado, quando não esteve à altura para cumprir as obrigações e responsabilidades do cargo político que ocupa, demite-se e não fica à espera que o demitam. Mas infelizmente, em Portugal, na política, temos muita gente desqualificada e sem formação, que põe os seus interesses pessoais à frente dos interesses dos seus eleitores, não sabendo sequer, o significado de honra, de transparência, de integridade e de ética na vida e na política. E assim, mais uma vez a culpa prepara-se para morrer solteira, muito por falta de coragem política destes 5 presidentes de câmara, que se calhar olham para a AML, com o temor e reverência de quem olha para o seu próximo emprego. Depois admiram-se com o crescimento, ora da extrema esquerda, ora da extrema direita no distrito de Setúbal. Tenham juízo, sejam políticos consequentes!”, concluiu.


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