Barreiro | MUSP acusa Governo de ‘destruir SNS’ por anúncio de encerramento das Urgências Pediátricas
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), que reúne as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, posiciona-se contra o anúncio do possível encerramento das urgências pediátricas no período nocturno do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e do Hospital Beatriz Ângelo.
Consideram que o Ministério da Saúde e a Direcção Executiva do SNS «optam por uma política de retrocesso e de destruição» e que «esta decisão coloca em risco o acesso a cuidados de saúde de milhares de crianças e jovens que vivem nos concelhos abrangidos por estas duas instituições hospitalares e merece a mais veemente condenação e preocupação do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), tendo merecido as mais variadas formas de contestação por parte das populações, de utentes, de autarcas e de profissionais de saúde».
A nota enviada ao Diário do Distrito frisa que «de acordo com algumas notícias, a decisão de encerramento destes serviços de urgência insere-se numa acção mais ampla de reorganização das urgências hospitalares na área metropolitana de Lisboa, que se traduz na prática por encerrar os serviços de urgência de determinadas especialidades médicas e cirúrgicas e concentrar esses serviços em algumas unidades hospitalares, dificultando o acesso aos cuidados por parte dos cidadãos e limitando o direito à saúde conforme plasmado na Constituição».
Para o MUSP «consideramos deveras preocupante que se proceda a estes encerramentos promovendo-se a rotatividade dos profissionais pelas diferentes unidades de urgência pediátrica» e afirmam que «contrariamente ao defendido pelo Sr. Ministro da Saúde, que considera que este processo de reorganização e esta rotatividade de recursos entre unidades de urgência como uma medida de eficiência, o MUSP considera que são medidas avulso, que não visam a resolução dos problemas estruturais existentes no SNS, que têm como único objectivo promover o seu desmantelamento do SNS e a sua entrega ao privado».
Os Utentes e o MUSP não aceitam o encerramento dos serviços de urgência Pediátrica e exigem que seja respeitado o seu Direito à Saúde.
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