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Arte como forma de inclusão para as pessoas com deficiência

O concelho de Sesimbra dinamizou várias atividades para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Esta é uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e Sesimbra aproveitou a ocasião para relembrar que estas possuem os mesmos direitos que a restante população. Para a edição deste ano do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o origami (os agrupamentos de escolas tiveram a oportunidade de fazer estas dobragens em papel) foi a grande inspiração para a criação de um conjunto de atividades plurais e inclusivas.

Do programa cultural apresentado destaca-se o espetáculo de dança Des-acerto, um workshop de dança inclusiva, a exibição de curtas-metragens (emitidas tanto no Cineteatro João Mota como no Auditório da EBI da Boa Água) e sete instalações artísticas. Estas instalações, que podiam ser vistas tanto na Praça da Califórnia como no Mercado Municipal da Quinta do Conde, são da autoria dos agrupamentos de escolas do concelho, Cercizimbra e do Sesimbra.Inclui.

O Sesimbra.Inclui foi criado em 2018 para sensibilizar a comunidade geral para a necessidade de incluir todos numa vida saudável. A Cercizimbra é a principal instituição concelhia que apoia pessoas com algum tipo de deficiência. Esta instituição, que já apoiou várias gerações de sesimbrenses, apresenta programas de integração (onde coloca os seus estudantes no mercado de trabalho) e um local onde pessoas com deficiências mais profundas possam ter todo o apoio e comodidades que precisam. A Cercizimbra costuma dinamizar várias festas e atividades onde os seus estudantes compartilham o seu tempo e ensinamentos com a população local. Esta organização concelhia também tem um espaço de creche e dinamiza momentos de animação para os mais jovens.

A programação do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência também contou uma mesa-redonda (com tradução em língua gestual portuguesa em simultâneo) com o tema A Arte e Participação por Comunidades Mais Inclusivas. Aqui falou-se sobre a importância da arte na promoção de uma educação que inclui todos, independentemente das dificuldades que possam ter.

Nesta mesa, dinamizada por Maria João Figueira (diretora-geral da Cercizimbra), participaram várias associações, grupos artísticos, para além da vice-presidente responsável pelo pelouro da Ação Social, Felícia Costa. Os participantes tiveram a oportunidade de ouvir a história de Mariana Rodrigues, bailarina invisual que encontra na dança o seu «lugar no mundo» e de Patrícia Carmo, atriz e dinamizadora do dicionário de Língua Gestual de São Tomé e Príncipe.


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