Um ano depois… nada feito na Serra da Arrábida

A Câmara Municipal de Setúbal está a aguardar desde outubro pelo Governo para a abertura do concurso prévio para estudos de estabilização das encostas da Serra da Arrábida que estão em risco de derrocada.

A autarquia já fez saber que irá aguardar pelo próximo Governo para que a situação que já dura há um ano possa ser desbloqueada, mas admite que possa notificar a empresa Secil para a resolução do problema com a iniciação da obra.

Um ano depois a Rua do Círio da Arrábida está cordado com uma placa que alerta os automobilistas: “Atenção… Risco de Queda de Bloco Rochoso… Encerramento temporário da Rua Círio da Arrábida… No troço entre a praia da Figueirinha e Praia de Galapos”, a situação não tem fim à vista e o jogo do empurra de responsabilidades continua entre a autarquia e Governo.

O encerramento foi rápido, mas a resolução do problema já dura há um ano sem sequer o concurso público ao estudo prévio que irá definir o que vai ser feito naquele troço está aberto, revelou fonte próxima da autarquia.

O presidente André Martins avançou ao Correio da Manhã que tudo foi feito por parte da autarquia para uma resolução rápida, contactos com várias entidades (Câmara de Setúbal, Ministério do Ambiente, ICNF e Secil), tendo sido definido que o Governo iria através do Fundo Ambiental ter financiamento para o estudo prévio. 

Por outro lado, a autarquia avança que foram enviadas ao Ministério do Ambiente, em outubro, uma proposta de duas empresas que são especialistas neste tipo de estudo e a disponibilização daquele município em realizar o procedimento do concurso público, mas até ao fim do ano passado não tinha havido respostas.

Por parte do Governo, a decisão vai ter que ser tomada agora pelo próximo Governo a ser constituído já no dia 10 de março, uma vez que o atual de António Costa está em gestão e não pode ter decisões deste tipo, mas salienta que a Câmara de Setúbal não deve aguardar para notificar a Secil que é proprietária ou avançar com a obra.

O corte já está a dar vários prejuízos aos agentes económicos locais, pois para passar para o outro lado do túnel da Figueirinha, leva-se mais de uma hora, o que se faz em 15 minutos com o acesso aberto.

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