Uma nota do Gabinete de Imprensa do Partido Comunista Português dá conta da posição deste sobre o anúncio de condecoração de Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia desde 20 de maio de 2019.
Esta quarta-feira, uma nota no portal da Presidência na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a atribuição do mais alto grau da «Ordem da Liberdade» a do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitindo que antecipou o anúncio na sequência de uma «iniciativa parlamentar sobre esta matéria».
Na quinta-feira o PCP reagiu ao anúncio da condecoração considerado que «só pode ser recebida com indignação por todos quantos conhecem o valor da luta pela liberdade que o povo português travou ao longo de décadas contra o regime fascista».
O PCP invoca ainda o facto de estarem prestes a iniciar-se «as comemorações dos 50 anos da Revolução libertadora de Abril, a atribuição a alguém como Volodimir Zelenski, que reconhecidamente personifica um poder xenófobo, belicista e antidemocrático, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e nazi, constitui uma afronta aos democratas e uma decisão contrária à construção de um caminho de paz».
O Presidente da República já reagiu a este posicionamento do PCP como sendo «coerente com aquilo que o Partido defende desde o inicio da guerra».
Em declarações aos jornalistas, após a inauguração de um mural em sua honra criado pelo artista transmontano Trip Dtos, na aldeia Podence, o Chefe de Estado afirmou que já esperava a nota do partido, depois de o seu secretário-geral, Paulo Raimundo, «de forma muito cortês», o ter avisado da sua divulgação.
«O Partido Comunista Português tem uma posição sobre a Ucrânia que é conhecida e é coerente quando defende sobre a Ucrânia uma posição diferente de outros setores políticos. Não diria que o PCP não fez nada que não fosse coerente com a sua posição desde o inicio em relação à Ucrânia» referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
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