‘Rei do Montijo’ acusado de crimes de homicídio qualificado e de ofensas à integridade física
O Ministério Público de Lisboa deduziu acusação contra Clóvis Abreu pela prática de três crimes de homicídio qualificado, sendo que dois deles são na forma tentada, e dois crimes de ofensas à integridade física qualificadas graves.
O arguido estará envolvido nas agressões a agentes da PSP, que culminaram com a morte do agente Fábio Guerra, na madrugada de 19 de março de 2022, junto à discoteca Mome, na zona ribeirinha de Lisboa.
Conforme a acusação do Ministério Público, «o arguido, agora acusado, esteve em fuga», motivo pelo qual não foi julgado como aconteceu com os dois ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, que foram condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
Clóvis Abreu encontra-se em prisão preventiva desde 19 de setembro de 2023, depois de se ter entregue voluntariamente às autoridades em março do ano passado.
Na altura das agressões, e ao sair do local, Clóvis Abreu gritou ‘Eu sou o rei do Montijo‘, depois de ter dirigido uma série de ameaças aos agentes agredidos e após perceber que estes eram polícias.
O Ministério Público deduziu ainda, em representação do Estado Português, um pedido de indemnização civil contra o arguido na quantia total de €184.437,58 (cento e oitenta e quatro mil, quatrocentos e trinta e sete euros e cinquenta e oito cêntimos).
O Ministério Público indica também que «por temerem represálias, várias testemunhas continuam a beneficiar do regime de proteção de testemunhas».
A investigação está a ser dirigida pelo DIAP de Lisboa, coadjuvado pela Polícia Judiciária.
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