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Pedro Nuno Santos desafia credibilidade do PSD em Setúbal

Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do Partido Socialista (PS), reuniu apoiantes para realçar as suas propostas e criticar a direita pelos cortes nos salários e pensões, na quarta-feira, em Setúbal. Entre os apoiantes, João Soares afirmou que apelidar Pedro Nuno Santos de radical ”é um disparate", num encontro onde se sublinhou a necessidade de combater os radicalismos.

Foi no Cinema Charlot que Pedro Nuno Santos reuniu um grupo de apoiantes da sua candidatura à liderança do Partido Socialista (PS), em Setúbal, com a promessa de apresentar as propostas para construir um “Portugal Inteiro”, o mote da candidatura.

 Pedro Nuno de Oliveira Santos aproveitou o encontro com “militantes e simpatizantes”, que agregou uma franja muito significativa de militantes e representantes políticos da Margem Sul, para criticar essencialmente a direita. O ex-ministro demissionário sublinhou alguns dos feitos herdados do “costismo” e vincou as principais diferenças – no entender do candidato socialista – entre o PS e o PSD.

“Eles fizeram cortes nos salários, cortes nas pensões em nome da dívida pública, mas deixaram uma dívida pública mais alta”, afirmou o opositor de José Luís Carneiro.

O dedo foi apontado sobretudo a Pedro Passos Coelho, antigo primeiro-ministro, que Pedro Nuno Santos disse ter cortado nas pensões e nos salários mesmo depois da promessa de que não o faria.

O discurso de Pedro Nuno Santos foi marcado por uma afirmação ideológica clara, mais direcionada ao eleitorado de esquerda: o candidato socialista destacou a priorização prevista para o Estado social e tocou noutros temas como o reforço do investimento público, aumento dos salários e a promoção da igualdade de género.

Com a sala cheia, quem deu o pontapé de saída foi o deputado André Pinotes, presidente da Assembleia Municipal do Barreiro e deputado na Assembleia da República; seguiu-se Eurídice Pereira, deputada eleita pelo círculo eleitoral de Setúbal, e fechou-se o ciclo intervenções de abertura com João Soares, antigo Presidente da Câmara de Lisboa e ex-ministro da Cultura.   

Eurídice Pereira deixou críticas da “extrema-esquerda” à “extrema-direita” e salientou a necessidade de se “combater os radicalismos”.

Já João Soares, filho do fundador do PS, recusa a ideia que tem sido levantada de que o candidato a secretário-geral do partido tenha visões extremadas: “Dizer que ele é radical é um disparate”. Soares sublinhou que o candidato que apoia “vem de uma família de trabalho”.

Foi na primeira fila, antes de subir ao palanque, que o antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação ouviu a caracterização ideológica que lhe foi feita por João Soares: “Ele é um genuíno social-democrata (…) representa a herança de Mário Soares e Sá Carneiro”, terminou.


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