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Montijo | Gestão da Casa da Música Jorge Peixinho causa discussão entre Canta e João Afonso

A Câmara Municipal do Montijo vai celebrar um protocolo com a Companhia Mascarenhas-Martins Associação Cultural com vista à criação de um programa de desenvolvimento cultural do auditório Casa da Música Jorge Peixinho.

O protocolo confere a atribuição de um apoio financeiro no valor de 80 mil euros à Companhia para desenvolvimento e promoção, em 2023, de um vasto conjunto de atividades culturais no Auditório da Casa da Música Jorge Peixinho.

A proposta foi aprovada na última reunião do executivo, que decorreu na quarta-feira, 28 de Dezembro, com 6 votos a favor (3 PS, 2 CDU e 1 PSD) e 1 voto contra do vereador João Afonso, eleito pelo PSD.

Este foi um dos pontos da reunião que, embora reunindo consenso entre os eleitos, levou a uma longa discussão entre o presidente Nuno Canta e o vereador.

Colocando-se contra a gestão da Casa da Música Jorge Peixinho passar para uma “entidade privada, embora com a Câmara Municipal a monitorizar o programa cultural. Isto é chamar aos funcionários da autarquia ‘incompetentes’”, João Afonso colocou também em causa “a autonomia e isenção do processo de fiscalização, porque esta será feita por dois funcionários camarários subalternos e um elemento da entidade que vão fiscalizar o cumprimento do contrato dos quais são celebrantes, quando devia ser fiscalizado por uma entidade isenta”.

O vereador social-democrata considerou ainda que “a gestão devia ser feita em parceria entre a autarquia e entidades com relevante mérito no concelho e todos deveriam ter acesso ao equipamento por critérios e sob gestão pública”.

Em resposta, o presidente Nuno Canta considerou que “nunca nenhum vereador nesta autarquia teve a ousadia de votar tantas vezes contra as associações, e foi algo que sempre me impressionou negativamente no vereador, até votou contra colocarmos uma baliza de futebol de cinco”, acusando-o mesmo de “fazer um exercício de teatro para ver se éramos cegos nesta sala. Esse ilusionismo político que uma vez fez, não tem sucesso nunca mais, porque as pessoas vão sendo conhecidas, bem como a sua postura, sem coluna vertebral e para quem vale tudo.”

Relativamente à proposta, Nuno Canta definiu-a como “equilibrada e que aproveita ao teatro”, explicando que a escolha recaiu sobre a Companhia Mascarenhas-Martins por ser “uma companhia que desenvolve actividade importantíssima e acarinhada em praticamente todo o país, e nós temos a sorte de ter uma companhia que escolheu o Montijo para a sua actividade, e a qual fomos acompanhando”.

Também o vereador Joaquim Correia (CDU) acusou João Afonso de “estar sempre em contradição, mas é bom actor”, dando também os parabéns pelo “trabalho cultural que fazem no concelho do Montijo, onde é preciso ter coragem por virem para uma cidade onde há gente que se coloca contra a cultura”.

A companhia montijense Mascarenhas-Martins foi fundada a 6 de janeiro de 2015 por Adelino Lourenço, Maria Mascarenhas e Levi Martins e identifica-se como “uma estrutura de produção artística e cultural que se dedica à criação, programação, mediação, investigação e formação em artes performativas e cinema documental” como se pode ler no site da associação, que desde a sua criação tem produzido inúmeras iniciativas de mérito cultural no concelho do Montijo.


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