Montijo | Centro de Apoio à Vida preparado para receber mães e gestantes em risco
Inaugurado Centro de Apoio à Vida
O Montijo conta com um novo espaço do Centro de Apoio à Vida, uma valência da Santa Casa da Misericórdia de Montijo, que passará a permitir o acolhimento temporário até seis meses de mães e gestantes em situação de vulnerabilidade social ou de violência doméstica.
A cerimónia de conclusão da obra teve lugar esta tarde, com o descerramento de uma placa e algumas palavras por parte das entidades envolvidas no projecto, nomeadamente Inês Dentinho, administradora do Fundo Rainha D. Leonor da Misericórdia de Lisboa, o Provedor da Santa Casa de Montijo, Elídio Massacote, o vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, Emanuel Martins e a presidente da Mesa da Assembleia Municipal do Montijo, e também vice-presidente do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social, Catarina Marcelino.
“Este é um projecto único, e muito interessante, e a Santa Casa da Misericórdia do Montijo teve ‘antena’ para captar esta necessidade no concelho e tudo fazer para a colmatar”, frisou Inês Dentinho.
“Isto é ouro. O Fundo Rainha D. Leonor encontrou nesta causa uma ideia extra aos seus objectivos. O anterior Provedor, José Manuel Braço-Forte, teve uma tarefa difícil de fazer avançar a ideia, sem qualquer tipo de estrutura anterior, e o actual Provedor conseguiu implementar o projecto.”
O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Montijo agradeceu aos parceiros, “beneméritos, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e autoridades.
Mas os valores desta Casa e o seu rosto, são os nossos trabalhadores para quem este edifício será mais um instrumento para o vosso trabalho, na continuidade do que já vinha a ser realizado através do atendimento prestado pelo CAV a várias mulheres”.
Ilídio Massacote explicou os princípios do Fundo Rainha D. Leonor, e citou o Papa Bento XVI sobre a importância “de toda a vida humana como um bem”, descrevendo depois os objectivos do espaço, “de acolhimento temporário de mães ou gestantes em situação de fragilidade, acolhendo-as, mas também assegurando a formação parental para as preparar para as tarefas que uma recém-mãe tem em mãos, assim tenhamos o apoio da Segurança Social”.
Isto porque embora o espaço esteja concluído, num investimento de cerca de 700 mil euros, co-financiado pelo Fundo Rainha D. Leonor em cinquenta por cento, para garantir o acolhimento temporário, falta a candidatura a um concurso da Segurança Social que ainda não está em vigor.
Sobre isso, Catarina Marcelino, na qualidade de vice-presidente do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social, deixou “o compromisso de que tudo iremos fazer para que esta resposta tenha financiamento público”.
Catarina Marcelino congratulou-se também pelo facto de “o distrito de Setúbal ter vindo a beneficiar dos apoios da Santa Casa através das verbas dos jogos. Como membro da Assembleia Municipal do Montijo, é com muito orgulho estar num concelho que tem investido tanto em projectos desta natureza, e com este fechamos um ciclo em que garantimos respostas a problemáticas sociais.”
A eleita destacou também “a maior fragilidade da mulher na sociedade, pelo que esta resposta é dirigida a um grupo muito específico, para responder a problemas que nem uma casa-abrigo responde.”
O vice-presidente Emanuel Martins deixou um conjunto de agradecimentos, e felicitou o anterior e o actual Provedor “por terem acreditado neste projecto, tornando-o possível. Embora ainda não esteja totalmente concluído, em breve conseguiremos que esta casa cumpra com os seus desígnios”.
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