Grândola | Câmara Municipal contra novo troço da linha ferroviária Sines-Grândola Norte
A Câmara Municipal de Grândola reitera a sua posição contra a nova linha entre Sines Grândola Norte, por considerar que «a construção do novo troço não se afigura, de todo, como uma solução viável, do ponto de vista do território e do ambiente, porquanto implica o atravessamento e/ou aproximação a aglomerados habitacionais, bem como a destruição de montado, comprometendo o desenvolvimento das atividades agrícolas, florestais e económicas da região».
Embora reconhecendo a importância do novo plano Ferroviário (PFN), na pronúncia acerca do documento, a autarquia recorda que «em 2006, a REFER já tinha anunciado um investimento para um novo troço da linha do sul (Sines-Grândola Norte), em tudo similar ao agora em discussão. Essa intenção foi objeto de contestação por parte dos municípios envolvidos, de várias associações (públicas e privadas) e da população em geral».
No comunicado publicado no site do município, é explicado que «uma vez que essa intenção não teve qualquer desenvolvimento e, em consonância com as indicações das Infraestruturas de Portugal, a revisão do Plano Diretor Municipal de Grândola (PDMG) – aprovada em dezembro de 2017 – considerou, apenas, as intervenções programadas para o Corredor Internacional do Sul, plasmadas no PETI3+ e no Plano de Investimentos em Infraestruturas (Ferrovia 2020), e incorporadas no PMUS do Alentejo Litoral, prevendo com impacto no território de Grândola a Beneficiação do ramal de Sines e da linha do sul».
Alertam ainda para o facto de que «a planta de condicionantes do PDMG apenas contempla uma faixa de proteção à linha ferroviária existente – Linha do Sul, em detrimento da servidão relativa ao espaço canal – ramal Sines-Poceirão».
O município «mantem os pressupostos da proposta de 2006» e admite que «não se entende por que razão e com que fundamentos, técnicos e ambientais, volta a ser equacionada uma solução com os mesmos impactos negativos no território. Sobretudo, quando existem alternativas, sendo a mais evidente, o aproveitamento e requalificação do ramal de Sines-Ermidas, tal como já sucede».
Para a Câmara Municipal «o surgimento de um novo troço Sines-Grândola que não tenha em consideração as preexistências, os compromissos assumidos e, sobretudo, os recursos, as potencialidades e as caraterísticas singulares da região, pode comprometer, irremediavelmente, todo o desenvolvimento territorial e económico projetado e alcançado nos últimos anos».
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