Deputado do Chega envolto em polémica após declarações racistas
O deputado do partido Chega Diogo Pacheco Amorim, proposto pelo para ser vice-presidente da Assembleia da República, disse ontem à Rádio Observador que os portugueses têm uma raça e uma cor.
“A nossa cor, nós de origem… a nossa cor de origem é a cor branca, todos nós sabemos” e “a nossa raça é a raça caucasiana“, disse o deputado eleito.
Como se não fosse suficientemente explícito, ainda acrescentou que “há raças distintas e cores distintas” e prosseguiu ao dizer que isso “não implica qualquer superioridade de uma em relação a outra, o que implica é que tem de haver respeito mútuo”.
Diogo Pacheco Amorim disse que existem “leituras desvirtuadas do discurso” de André Ventura em temas como o racismo, a homofobia ou a xenofobia.
“Nós entendemos é que não pode haver discriminações positivas ou negativas, seja minoria ou maioria. Minorias e maiorias têm obrigação constitucional de se respeitarem umas às outras”, disse o deputado.
Quando a CNN Portugal questionou André Ventura sobre as declarações de Diogo Pacheco Amorim, após uma tentativa de fugir ao assunto, o líder do Chega disse que a “a nossa raça caucasiana é indubitável”.
“Há uma matriz que nos identifica e não devemos ter vergonha dela, foi o que sempre disse. Dizer o contrário é absurdo”, acrescentou por fim o líder do partido de extrema-direita.
O partido liderado por André ventura conseguiu, nas eleições de 30 de janeiro de 2022, mais 11 deputados para o Parlamento. Diogo Pacheco Amorim está proposto para vice-presidente da Assembleia da República, cargo que a Esquerda promete vetar.
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