O executivo de maioria relativa, liderado por Álvaro Amaro (CDU) avançou esta quinta-feira (2) com o anúncio de apresentar em Assembleia Municipal uma proposta de redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 0,31% já no próximo ano.

O comunicado de imprensa enviado às redações salienta que o município de Palmela quer dar “continuidade ao caminho de paulatina redução da taxa do IMI que tem percorrido nos últimos anos”, assumindo o “compromisso de atingir a taxa mínima até ao final do mandato”.

A par desta redução de IMI a autarquia ainda irá manter o IMI familiar como explica no comunicado, além disso, irá promover mais incentivos para poder haver mais investidores no concelho de Palmela e até na própria vila histórica, como a redução para incentivo de reabilitação urbana, a promoção do arrendamento jovem, a fixação de comércio e serviços nas zonas urbanas mais antigas do concelho e o aumento da eficiência energética, estes são alguns incentivos que a autarquia de Palmela terá para apresentar aos novos investidores.

“O IMI é a receita mais importante do município, mas, em 2022, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, Palmela foi o 7.º município com maior diminuição da coleta de IMI no país”, salienta a autarquia no mesmo comunicado de imprensa, lembrando ainda que foi o 17.º município nacional com maior independência financeira.

A estratégia do município passa ainda por aumentar o pacote de apoios sociais e a capacidade de investimento, mas esses fatores só são possíveis e segundo o município devido a uma gestão rigorosa e criteriosa que tem sido aplicada na gestão CDU.

A proposta de redução de IMI foi aprovada por maioria [CDU, PS e PSD], tendo o voto contra do Movimento de Cidadãos pelo Concelho de Palmela.

MCCP apresentou redução até à taxa mínima

O Diário do Distrito falou com o vereador do Movimento de Cidadãos pelo Concelho de Palmela que nos esclareceu que o seu voto contra deveu-se a não aceitação por parte da maioria relativa (CDU) da redução da taxa para os 0,30%.

Carlos Sousa esclarece que “já o ano passado eu propus em reunião a redução do IMI para a taxa mínima legal, os 0,30%, esta proposta iria beneficiar a maioria das famílias que moram no concelho de Palmela e que 99,9% tem casa própria, e a resposta foi negativa, pois a CDU com o apoio do PS avançaram com a taxa de 0,325%. Este ano, voltei a propor a taxa mínima, já que a autarquia está tão bem financeiramente e estamos a passar por uma crise, que até o próprio Governo está a apoiar as famílias, porque não descer para os 0,30%?”.

“A minha sugestão não foi aceite e voltamos a reduzir gradualmente o IMI em Palmela, são opções que cada um toma, a nossa foi de votar contra a uma taxa que ajuda, mas não ajuda muito, o que seria mais correto seria neste ano de grandes dificuldades económicas que as famílias estão a passar, baixar o IMI para os 0,30%”, disse.

A proposta segue agora para apreciação da Assembleia Municipal presidida por José Carlos de Sousa.

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