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A «Voz das Mulheres» no próximo domingo, em Sesimbra

O filme será transmitido no Cineteatro Municipal João Mota, no próximo dia 13 de agosto, às 21h00 e está incluído na iniciativa «Ciclo de Óscares» que traz à sala de espetáculos sesimbrense, sessões de cinema com filmes que venceram os óscares no passado. Os bilhetes para adultos custam 3,50 euros.

«A Voz das Mulheres» conta uma história dramática. Durante anos, numa colónia religiosa, mulheres foram violadas durante a noite, alegadamente por demónios e como castigo pelos seus pecados. No entanto, acabam por descobrir que foram drogadas e atacadas por homens da sua comunidade.

Consiste numa versão cinematográfica adaptada do “best-seller” homónimo escrito pela canadiana Miriam Toews que, por sua vez, se inspira no caso de abusos sexuais contra mulheres e crianças ocorridos entre 2005 e 2009 na Colónia de Manitoba, numa zona remota da Bolívia. A decisão entre ficar e perdoar o que lhes foi feito; lutar contra crenças religiosas e tradições profundamente enraizadas; ou partir para um mundo desconhecido para o qual não foram preparadas, é difícil e longe de ser consensual. Com argumento e realização de Sarah Polley («Longe Dela», «Histórias que Contamos»), conta com as atuações de Rooney Mara, Claire Foy, Jessie Buckley, Judith Ivey, Ben Whishaw e Frances McDormand (que também produz, ao lado de Brad Pitt).

Antes do plebiscito, as mulheres, que personificam pontos de vista diversos sobre a situação em que se encontram e as consequências que o seu voto poderá ter, lançam-se numa longa e por vezes acesa discussão (no livro e no filme, elas são analfabetas, o que não corresponde à realidade entre os Menonitas). Há apenas um homem presente, o professor da colónia, que é simpático à causa do grupo e veio fazer o registo do debate. Para picar o ponto “woke”, a realizadora acrescenta um transexual ao grupo, o que é não só forçado como também inverosímil naquele contexto.

Retirado da sua realidade temporal e espacial, a história de “A Voz das Mulheres” vai além de uma narrativa sobre um grupo de mulheres definido, num enquadramento humano, social, cultural e religioso bem especificado, ganhando uma dimensão intemporal e uma intenção generalizadora. Sarah Polley fez um filme que é parte “peça de interiores” convencional, pelas suas características formais e pelo peso e omnipresença da palavra, parte fábula feminista e parte alegoria sobre a “opressão patriarcal” ao gosto do ativismo em voga (o final aponta para uma possível construção futura de uma comunidade utópica de mulheres).

O filme venceu o Óscar de Vencedor na categoria de Melhor Argumento Adaptado. Também foi nomeado para a categoria de Melhor Filme.


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