Quando a vítima é o homem
Estamos habituadas, do ponto de vista histórico e sociocultural, a associar o estatuto de vítima às mulheres. Faz sentido, ao longo dos séculos têm sido, infelizmente ainda são, as meninas e as mulheres as principais vítimas de abusos, discriminação e de crimes violentos.
No entanto, também há vítimas no masculino. No meu trabalho como psicoterapeuta e terapeuta familiar, tenho conhecido inúmeras.
Homens vítimas de violência doméstica, principalmente psicológica, que, muitas vezes, calam a sua dor em nome de uma enorme vergonha. Os que ousam denunciar sentem-se, também muitas vezes, alvo de chacota e ridicularizados. No que é do meu conhecimento, são muito poucas as queixas e ainda menos as condenações.
Mas há outras vítimas no masculino. Há os pais que sofrem com preconceitos de género no Tribunal de Família e Menores e que veem os seus direitos e os dos seus filhos condicionados pelos mesmos.
Há também os meninos que são limitados na expressão da sua criatividade, nomeadamente nas suas brincadeiras e na forma de vestir, pelo medo da homossexualidade.
Como feminista reclamo a não discriminação em função de qualquer caraterística. Todos os preconceitos atentam contra a dignidade do ser humano. Cada uma de nós, pelo exemplo e pela palavra, pode fazer a diferença. Só através de um exercício ativo de cidadania conseguiremos um mundo mais justo e mais humano. Eu acredito!
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