Cultura

Viva A Viagem do Cinema Português!

O crítico e investigador de cinema Paulo Portugal discute o projeto que juntou vários filmes portugueses no Cinema – Teatro Joaquim d’Almeida.

É um entusiasmo crescente no final de cada sessão do Ciclo do Cinema Português, que decorre na magnífica sala do CTJA, no Montijo. São os espetadores que voltam depois das boas experiências nesta tentativa de devolver o cinema ao Cinema – Teatro Joaquim d’Almeida.

Esta é nossa geração! Sim, a dos cineastas que viveram já o tempo de liberdade, sabendo afirmar a sua identidade, compreendendo o poder da resiliência e o valor da memória. Basil da Cunha (Manga D’Terra), Filipa Reis e João Miller Guerra (Djon África) levaram-nos ao ‘ser’ cabo-verdiano, ao passo que Miguel Gomes (Grand Tour) e Leonor Telles (BAAN) mostraram-nos a sua visão do contraste do Oriente, ao passo que Ansgar Schaefer e Susana de Sousa Dias (Viagem ao Sol), bem como Catarina Mourão (Astrakan 79) evocam a memória de um passado traumático; já Cláudia Varejão assume a sua vontade de liberdade (Lobo e Cão). Mas ainda não acabou.

Esta noite teremos um dos pontos mais altos, com a exibição de Great Yarmouth – Provisional Figures. Trata-se de um filme em que Marco Martins penetra fundo no ser ‘o outro’, o emigrante português explorado, devolvendo-nos um espelho que nos poderá facilitar a visão do mundo em que vivemos. E ficamos, assim, em suspenso, até à apoteose, no próximo dia 22, com a chegada da utopia de Nação Valente, o vigoroso filme de Carlos Conceição, que nos visitará, bem, como parte da sua equipa, para fechar em ritmo de festa uma viagem que mostrou o talento dos cineastas portugueses. E, claro, visto /e ouvido!) nas melhores condições.

Viva o cinema!

Paulo Portugal

“Great Yarmouth” de Marco Martins, no cineteatro Joaquim d`Almeida, Montijo

Hoje, às 21h30, o Cineteatro apresenta o filme “Great Yarmouth” de Marco Martins, um drama de 2016 que explora a emigração portuguesa no Reino Unido. Com interpretações notáveis de Beatriz Batarda, Nuno Lopes e Kris Kitchen, o filme revela um lado cru da condição humana, destacando-se pelo papel central de Batarda, que lidera a comunidade de emigrantes portugueses em uma fábrica de perus.

Situado em Great Yarmouth, um resort que, no inverno, se torna um ambiente hostil para a comunidade trabalhadora, o filme propõe uma reflexão poderosa.

Classificação M/14, bilhetes a 3€ disponíveis na bilheteira do próprio cineteatro.

A última sessão:


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