O metapneumovirus humano (HMPV), um agente respiratório semelhante à gripe, gera grande preocupação devido ao aumento de casos, principalmente entre crianças e idosos. Doentes infetados pelo vírus descrevem os sintomas como “os piores que já sentiram”, com alguns a enfrentarem semanas de incapacidade. Este vírus, identificado pela primeira vez em 2001, espalha-se mediante gotículas respiratórias ou contacto com superfícies contaminadas e pode levar a complicações graves, como pneumonia.
Diane Davison, uma advogada de 60 anos do Maryland, EUA, relatou uma experiência devastadora após contrair o HMPV em abril de 2023. Segundo o Daily Mail, a mulher ficou “incapaz de falar” devido a ataques de tosse violentos que a deixaram exausta. “Achei que era Covid-19 ou gripe, mas os testes eram negativos. De todas as infeções respiratórias que tive, esta foi a pior”, afirmou Diane, que enfrentou febre, congestão nasal e uma tosse tão intensa que quase provocava vómitos. A doença prolongou-se por quase um mês, até que finalmente conseguiu recuperar.
O alerta estendeu-se também a pais, como a mãe de um bebé infetado em março de 2024. Nas redes sociais, descreveu o estado do filho como crítico, sem capacidade de comer ou se mover, e precisando de hospitalização devido a dificuldades respiratórias. Médicos alertam que o HMPV é “o vírus mais importante do qual nunca se ouviu falar”, com um potencial preocupante para sobrecarregar os sistemas de saúde, tal como acontece no norte da China.
Pequim minimizou as imagens de salas de espera cheias e centros de saúde sobrelotados divulgadas nas redes sociais, descrevendo a situação como “normal para o inverno”, mas especialistas temem que o padrão de negação inicial seja semelhante ao surto de Covid-19 em 2019. O pediatra e especialista John Williams, da Universidade de Pittsburgh, alerta que o HMPV pode ser fatal para crianças e idosos, devido à ausência de vacinas ou tratamentos eficazes.
Embora seja considerado um vírus comum, o HMPV ganhou relevância devido ao aumento de casos graves. Identificado em vários países, como o Reino Unido, preocupa pela rapidez com que se dissemina e pela sua capacidade de gerar complicações severas em populações vulneráveis. O surto atual na China reforça a necessidade de medidas preventivas e atenção médica para evitar mais hospitalizações e mortes
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Miriam Rocha