Ventura desafia Montenegro a sair, mas primeiro-ministro garante que “está para dar e durar”
O debate no Parlamento aqueceu com uma troca de acusações entre André Ventura e Luís Montenegro, com o líder do Chega a desafiar o primeiro-ministro a sair e este a responder que se manterá firme no cargo.

O clima político em Portugal voltou a intensificar-se no debate quinzenal, quando André Ventura acusou Luís Montenegro de mentir e sugeriu que deveria abandonar o cargo de primeiro-ministro. Em resposta, Montenegro foi categórico: “Estou aqui para dar e durar.”
O confronto iniciou-se quando Ventura criticou o governo ao mencionar o caso do ex-secretário de Estado Hernâni Dias, afirmando que “quem comete crimes deve sair pelo próprio pé.” O primeiro-ministro, sem hesitação, rebateu a acusação com um contra-ataque: “Por essa lógica, o senhor deputado também já teria saído, uma vez que já foi condenado.”
Visivelmente irritado, Ventura desafiou Montenegro a apresentar provas de uma condenação criminal contra si, negando qualquer envolvimento em crimes. O chefe de Governo esclareceu que a condenação de Ventura foi civil e relacionada com declarações feitas durante um debate televisivo. O primeiro-ministro reforçou ainda que o líder do Chega “não deve ser masoquista”, referindo-se ao facto de o discurso de Ventura se voltar contra ele próprio.
A discussão escalou quando Ventura acusou Montenegro de ser “o político mais baixo dos últimos anos” e insistiu que deveria abandonar o cargo. A resposta do primeiro-ministro não tardou: “Não confunda o seu desejo com a realidade. Quem está com vontade de ir embora é o senhor deputado, que primeiro queria ser primeiro-ministro, depois ministro, e agora quer ser Presidente da República.”
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, também entrou na polémica, recordando que Ventura foi condenado por ofender a honra e o bom nome de uma família do Bairro da Jamaica, no Seixal, durante a campanha presidencial de 2021. Perante esta acusação, Ventura exigiu que fosse distribuída a sentença que, segundo ele, comprova que a condenação foi cível e não criminal.
O debate aceso evidencia a crescente tensão entre o governo e a oposição, deixando claro que o confronto político está longe de arrefecer.
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