Vasco da Gama: 500 anos depois, Parlamento presta homenagem ao navegador que mudou a História

A Assembleia da República aprovou hoje, com unanimidade, um voto de homenagem pelos 500 anos da morte de Vasco da Gama, um dos mais importantes navegadores da História de Portugal e do mundo. O voto, subscrito pelo presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco, sublinha o impacto das expedições lideradas por Vasco da Gama, em particular a descoberta do caminho marítimo para a Índia, que mudou o rumo da globalização e do comércio mundial.

Vasco da Gama, nascido em Sines, assumiu o comando da frota portuguesa em 1497, aos 30 anos, sob ordem de Dom Manuel I, navegando para abrir uma nova rota comercial até à Índia. Após zarpar de Lisboa em 8 de julho de 1497, a expedição alcançou a Índia a 20 de maio de 1498, dobrando o Cabo da Boa Esperança e desbravando a costa oriental africana. Foi a mais longa viagem marítima registada até então, que revolucionou o comércio de especiarias, rivalizando com as rotas tradicionais do Levante.

O navegador liderou ainda outras duas expedições à Índia, em 1502 e 1524, sendo nesta última nomeado vice-rei da Índia, cargo que desempenhou até à sua morte em Cochim, vítima de malária, no final de 1524. A relevância do legado de Vasco da Gama é amplamente reconhecida. O voto parlamentar destaca que, ao abrir a Rota do Cabo, o navegador tornou-se precursor da globalização, promovendo um encontro cultural entre Oriente e Ocidente.

Vasco da Gama é, ainda hoje, uma referência na cultura portuguesa e mundial, celebrada em obras como Os Lusíadas, em óperas, músicas, na toponímia e até em homenagem lunar, com uma cratera batizada com o seu nome. Para o presidente da Assembleia, Vasco da Gama permanece uma figura incontornável, que, apesar de divisar opiniões, une historiadores na sua importância histórica.

Com esta homenagem, o Parlamento reforça a relevância do legado do navegador e da valorização do mar como eixo de desenvolvimento e conexão entre povos. A sessão solene destacou a necessidade de preservar a memória deste marco histórico, que continua a inspirar a coragem de desbravar novos horizontes.

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